sexta-feira, 14 de agosto de 2015

OPINIÃO: DSP É CARTA FORA DO BARALHO

 
O desempenho de DSP na gestão desta crise da parte que lhe cabia que é na perspectiva governamental, foi DESASTROSA, INSULTUOSA, ARROGANTE o suficiente para inviabilizar qualquer ensaio de eventual entendimento político com o Presidente da Republica e com as bases do PAIGC nos próximos anos, quiçá DSP terá mesmo que abandonar a liderança do PAIGC com CADOGO a perfilar-se já no horizonte para arrebatar o pelouro.

DSP e entourage preferiram ignorar a soberana vontade popular massivamente demonstrada no domingo passado a quando do regresso do Presidente da Republica a Guiné-Bissau depois de uma curta visita ao Senegal, quando o povo guineense entoando cânticos de saudação ao primeiro magistrado da nação, improvisaram uma letra que solicitava a DEMISSÃO DO ACTUAL GOVERNO, E CHAMARAM O PRIMEIRO-MINISTRO DE LADRÃO (Simões Ladron, Furtador).


DSP e entourage optaram por uma fuga para o abismo, que é o mesmo que dizer, persistir na mentira, no show off mediático, em detrimento de enfrentar a crise com elevação, discernimento e sentido de estado demonstrados pelo Presidente da Republica. No decorrer desta crise, tudo aquilo que Cipriano Cassama, actual presidente da assembleia nacional popular fez de mal, DSP conseguiu agravar e piorar, quando um mentiu, o outro insultou, quando um insultou o outro agrediu.

Portanto, da aplicação das normas constitucionais, não poderia resultar desfecho diverso da demissão de DSP e seu governo.

Com a demissão do governo, facto consumado, legal e com devido enquadramento constitucional, DSP poderia revelar melhor habilidade política e um outro jogo de "cintura", para mitigar ou atenuar os danos políticos que o decreto em si causou nas suas hostes. Mas qual foi o espanto de todos, o Ex-Primeiro-Ministro, opta por agravar a já de si precária situação política com um discurso elementarmente mentiroso, caluniador e descabido.

DSP opta por entre outras diabruras irrelevantes para o contexto, QUESTIONAR O DIPLOMA DE DOUTORAMENTO do Presidente da Republica, sabendo ele de antemão que é do conhecimento público que JOMAV é doutorado em Economia tendo o Professor Drº Aníbal Cavaco Silva, actual presidente de Portugal sido seu orientador na elaboração da tese de doutoramento, contrastando com DSP que fez uma carreira académica discreta na ex URSS, e em universidades de segundo plano, em Portugal e Estados Unidos.

Tais factos revelam uma insensatez política considerável, ainda assim foram gravadas pelo respectivo móbil que é a injustificada e incompreensível protecção a 12 (doze) membros do seu governo constituídos arguidos pelo ministério publico que depois de reunir indícios e provas bastantes, optou por avançar para acusação.

Mas acusados do quê?


Desvios ou má gestão de verbas/fundos públicos, o dinheiro de todos nós, o dinheiro do povo, o dinheiro de onde saem os medicamentos para os nossos hospitais, de onde saem as despesas de educação apara as nossas crianças e jovens, de onde saem os ordenados das nossas forças de segurança e defesa, de onde se pagam os ordenados dos funcionários públicos e o funcionamento de todo o aparelho de estado.


Hoje como nunca, DSP está carente de uma equipa de assessoria e conselheiros que o chamassem a razão. Depois de acusar os conselheiros do Presidente da Republica de prestarem maus serviço a este, o que se pode e deve dizer ao Ex-Primeiro Ministro é que a ele, fez lhe falta um assessor ou um conselheiro que fosse, não é digno, nem o povo merecia que o Ex-Primeiro Ministro decidisse tudo entre parede ouvindo apenas a voz imponente da própria esposa.

Em todo este processo ressaltam aspectos que não podem ser secundados:

1-DSP convocou o povo para um dita primavera árabe, pelas sua palavras, e o povo respondeu com apoio massivo ao Presidente da Republica, Dr José Mário Vaz, com o agravante de terem pedido a Demissão do governo de DSP, nos cânticos improvisados: Bati kabu medi bati (Derruba, não tenhas medo, derruba).

2-DSP convocou os militantes do partido para se juntarem e manifestarem na sede, ao que estes responderam com uma estrondosa pra não dizer mesmo castigadora ausência que terá motivado a fúria de DSP em conversa com elementos que fazem movimentar o aparelho partidário, os militantes desconsideraram assim o apelo do ainda presidente do partido,

3-DSP teve de recorrer aos funcionários públicos e alguns membros do governo inclusive de outros partidos bem visíveis nas primeiras filas da sala a que teve que recorrer porque perante o escasso número de presentes seria ridículo falar aos mesmo da parte exterior da sede.

4-A presença de membros do governo militantes e dirigentes de outros partidos vem provar a propensão de DSP para a arbitrariedade, promiscuidade assim como a sobeja incapacidade para colocar cada assunto no seu devido lugar, separar competências e funções, DSP revelou-se o maior protagonista do "posso, devo, e mando" de que há memoria na nossa historia política.

A semana não findou sem que DSP conhecesse mais um dissabor com a decisão dos tribunais no sentido de RECOLOCAR O DRº BACIRO DJA NO LUGAR QUE É DELE POR MÉRITO, 3º VICE PRESIDENTE, E MEMBRO DA COMISSÃO PERMANENTE DO BUREAU POLITICO DO PAIGC.

ESSE MESMO BACIRO DJA, A QUEM FOI CONFIADA TODA A ESTRATÉGIA POLITICA NAS CAMPANHAS PARA O CONGRESSO E PARA AS LEGISLATIVAS, A QUEM FOI ENTREGUE DIRECTORIA DA CAMPANHA, A QUEM FOI CONFIADO O SEGUNDO LUGAR NA HIERARQUIA DO GOVERNO, mas que também experimentou a fúria de DSP nos seu momento de requintada maldade, por mero facto de ter uma relação cordial e de respeito institucional com o Presidente da Republica Drº José Mário Vaz.

POR TUDO O QUE AQUI FICOU EXPOSTO, É EVIDENTE QUE DSP NÃO CONTA MAIS NA SENA POLITICA GUINEENSE, RESTANDO SABER COMO SERÁ O PERCURSO DESCENDENTE.

Poderá ser cuidadoso e com devida assistência institucional do partido e do estado por parte do futuro governo, ou aos trambulhões para uma dolorosa queda.

PAIGC, Unidade, Luta e Progresso