Julgo ter chegado o momento de catarse no seio do partido de Cabral. Dribles políticos, especulações e teorizações não podem legitimar o apego ao lugar e a protecção de interesses instalados no seio do partido de Cabral. O PAIGC não pode ser pessoalizado ou privatizado por nenhum dos seus líderes. Como alertou o nosso Presidente Zeca, o PAIGC é somatório do esforço de todos os seus simpatizantes, militantes e dirigentes. O nome e a pessoa do actual Presidente do PAIGC e ex-Primeiro-ministro tem sido o motivo principal da situação de instabilidade política em que nosso país se mergulhou. O dono desse nome não pode voltar a ser proposto para o cargo de Primeiro-ministro. Domingos Simões Pereira simboliza a corrupção, nepotismo e peculato na Guiné-Bissau.
O PAIGC tem por obrigação libertar o povo guineense do marasmo teórico-especulativo do seu Presidente, para que o país possa prosseguir rumo ao progresso. Nenhum estatuto político-partidário está acima da Constituição do país. As figuras ou nomes a serem indigitados pelo partido vencedor (PAIGC) serão meras "candidaturas ou propostas" ao cargo, a serem aceites/validadas, ou não, pelo Presidente da República. Não são favas contadas, obrigatoriamente aceites pelo Presidente da República.
Nota: fico pasmado com os conselhos que alguns veteranos do PAIGC poderiam estar a transmitir ao seu Presidente. É que muitos de nós assistimos e vimos de perto o tipo de fidelidade, respeito, colaboração, etc., que havia entre aqueles que eram Primeiro-ministro, no regime de Nino Vieira. Não vos escondo que estou a recordar justamente da postura de lealdade política do actual 1.º vice-Presidente do PAIGC face ao falecido Presidente Nino Vieira, o Eng.º Carlos Correia. É de-cep-cio-nan-te!
Kanua ka pudi nkadja!