RAMOS-HORTA
DISPARATA
TAPU KU BANGAIO: VENHA O DIABO E ESCOLHA |
Será que “Cooperação Bilateral” se privatiza? Afinal de contas, na visão
democrática de Ramos-Horta é proibido mudança de Governo na Guiné-Bissau. Ficou
provado que a engenharia política de "inclusão política" tinha como
objectivo privilegiar um grupo de interesses instalado. A irracionalidade da
estratégia ficou provada com a exoneração de Domingos Simões Pereira do cargo
de Primeiro-ministro na Guiné-Bissau. E em desespero de causa, Ramos-Horta,
delira: “se há país em que não há razão para mudança de Governo, a Guiné-Bissau
é um exemplo”. E escolheu como arma de arremesso para chantagear, grunhindo: “Não
me parece que países como Timor-Leste devam continuar a manter o mesmo nível de
relacionamento com a Guiné-Bissau face a esta nova situação”. Crucificou-se
mais ainda ao dizer o seguinte: “Como timorense tenho aconselhar o Governo de
Timor-Leste, como mínimo, a congelar de imediato a sua cooperação com a
Guiné-Bissau até que o Presidente e o Governo reúnam para tomar medidas
definitivas”.
Pois, entendi a ira de Ramos-Horta, mas a comunicação, ontem à noite, à
nação pelo Presidente da República, não podia ser mais clara: “O resultado eleitoral do
PAIGC é somatório do esforço de todos os seus simpatizantes, militantes e
dirigentes. A vitória nas eleições deve-se à força do Partido, à dedicação e
empenho pessoal de cada um dos Deputados nos respectivos círculos. Assim, sendo
a vitória do PAIGC é a este que pertence o direito de governar, não podendo
esse direito ser pessoalizado ou privatizado por um grupo de interesses
instalado no seio do Partido, ao ponto de se ameaçar a paz social, ameaçar
fazer o país mergulhar num caos e conduzi-lo a uma guerra civil, caso as
instituições do Estado não se declinem perante a pessoa do Senhor Primeiro
Ministro”.