sexta-feira, 9 de setembro de 2016

UNIVERSIDADE PÚBLICA GUINEENSE SEM RECURSOS PARA NOVO ANO LETIVO

Quem disse que não há dinheiro para o inicio do ano letivo 2016/2017 na UAC? Há dinheiro, basta pedir  DSP, JBV e alguns elementos da máfia que fizeram parte de dois (des)governos, entre os quais, o de DSP e do Velhote Carlos Correia "Pintcha na Totis". De recordar que essa quadrilha em menos de 6 meses no (des)governo espalhou construções de mansões pessoais em toda parte da Guiné-Bissau, muitos abriram contas no exterior, alguns tinham cofres em casa cheios de dinheiro(3 milhões de euros) que os ladrões sortudos levaram. Uns beneficiaram de uma comissão no valor de  6 milhões de dólares  resultante de resgate de dois bancos privados, os extravagantes compraram carros blindados e ostentavam nas estradas de Bissau cheios de buracos etc. Esse dinheiro dava para financiar o ano letivo 2016/2017 na UAC.
 
Reitora denuncia que despesas mais urgentes da instituição são pagas do próprio bolso. Por causa da falta de dinheiro, apenas um curso deverá funcionar este ano.
 
A única instituição pública de ensino superior da Guiné-Bissau, Universidade Amílcar Cabral (UAC), está sem nem um tostão para o início do ano letivo 2016/2017, programado para o próximo dia 19 de setembro.
 
A reitora da universidade, Zaida Maria Pereira, afirma que, devido a falta de recursos, para tentar manter a instituição em funcionamento, ela precisa pagar diversas despesas com o próprio salário.
 
"Quando recebo o meu salário pago a senhora da limpeza, pago o serviço de internet, o jardineiro, senão ninguém teria condições de entrar aqui. Está tudo sujo", revela Zaida Pereira.
 
Segundo a reitora, também por causa da falta de recursos, é possível que apenas um curso superior seja oferecido neste ano escolar. "As condições não estão ainda preenchidas. Da parte administrativa está tudo feito, ou seja: a caracterização, seleção de docentes, e programação. Falta o dinheiro", esclarece.
 
De acordo com Pereira, "o problema de abertura de apenas um curso não tem só a ver com o pagamento de salário dos professores”. A reitora diz ainda que a manutenção de um curso de ensino superior requer “toda uma maquinaria e essa maquinaria não se inventa”.
 
Sede da UAC é na capital guineense, Bissau
 
Ela ressalta que “um dos critérios (para a manutenção de um curso) é a qualidade e estabilidade financeira do corpo docente, o que ainda não existe".
 
Crise no ensino superior
 
Com sede na capital, Bissau, a UAC foi criada pelo decreto n° 6/99 de 6 de dezembro de 1999, como uma universidade pública, mas em novembro de 2008, o Executivo alegou falta de condições para financiar a instituição.
 
A única instituição pública de ensino superior guineense, desde então, vem passando por uma profunda reestruturação, após ter sido extinta em 2008, e suas estruturas terem sido absorvidas pela Universidade Lusófona. Após cinco anos desativada, UAC retomou suas atividades e em 2014 a instituição passou a ter uma reitoria.
 
Zaida Pereira garante que falta vontade política por parte das autoridades para com a instituição, ao ponto de nunca terem sido disponibilizadas verbas para atender as demandas do centro de ensino.
 
Para o ministro da Educação guineense, Sandji Fati, a UCA não está pior do que as outras instituições do género que já visitou, mas promete contudo melhorias.
 
“Já vimos outras universidades e esta não é a pior. Estamos a trabalhar no sentido de melhor as condições efectivas para que possa funcionar”, declara.
 
Fonte: DW África