sábado, 10 de junho de 2017

GUINÉ-BISSAU PREOCUPADA COM "DANOS INCALCULÁVEIS" DA PIRATARIA NO MAR (COM VÍDEO)

País busca cooperação deter atividades nas águas marítimas; Ministro das Pescas participou na Conferência sobre os Oceanos e pediu que parceiros criem valor acrescentado se quiserem investir em território guineense.
 
Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.
 
Controlar a ação de piratas no mar da Guiné-Bissau é uma prioridade na busca de parceiros para cooperar com o país.
 
A declaração foi feita à ONU News, em Nova Iorque, pelo ministro guineense das Pescas, Orlando Mendes Viegas, falando à margem da Conferência sobre os Oceanos que decorreu esta semana.
 
Problema
 
"A pesca, sobretudo na Guiné-Bissau, tem um papel importante na nossa economia devido a aquilo que o setor oferece. Temos um problema que é fundamental: o controlo de aspetos da pirataria que têm lugar no mar. O país tem um défice dos meios para controlar com mais eficácia aquilo que temos como recurso. São danos enormes e calculáveis. Não se consegue calcular mas, são no nosso ponto de vista danos incalculáveis."
 
A presença da Guiné-Bissau no evento também serviu para procurar apoios para o setor das pescas, que contribui em mais de 40% para a economia.
 
Investimento
 
"Nós entendemos que tem que haver uma coordenação entre os países. Os que pretendem recursos, sobretudo na Guiné-Bissau, têm que criar valores acrescentados porque com o investimento é que se oferece emprego, é que cria mais-valias e outros. Por isso nós pensamos que os países com mais potencial em termos de desenvolvimento têm que pensar um pouco mais nos outros que têm os recursos que eles precisam e os recurso que querem de nós."
 
No fim de junho, as autoridades devem realizar uma nova ronda de negociações para um novo acordo de pescas com a União Europeia. As autoridades de Bissau pretendem uma maior compensação financeira como parte do entendimento.