segunda-feira, 11 de novembro de 2013

ANGOLA DOS POBRES CONTINUA SER A GRANDE VACA DAS SOCIEDADES DOS RICOS...



…DO REGIME COM OS RICOS DE PORTUGAL

LOAS DO BPI AO REGIME

Folha 8 – 02 novembro 2013

BPI apre­sentou um lucro de 72,7 milhões de euros, tendo a actividade deste banco em Angola contribuído com mais de 80%. Não é, por isso, difí­cil compreender as razões que levam Fernando Ulri­ch a ser, há muito tempo, um dos principais defenso­res do regime de Eduardo dos Santos.
De facto, o presidente do BPI, banco presente em Angola desde 1996, diz que não há corrupção em Angola, mau grado as or­ganizações internacionais dizerem que o país dele é o terceiro mais corrupto da Europa e que o nosso é um dos mais corruptos do mundo. Em entrevista ao Diário Económico, em Junho de 2008, Fernando Ulrich considerou que as declarações polémi­cas então feitas por Bob Geldof “não têm sentido nenhum”.
Questionado sobre a po­lémica à volta das decla­rações de Bob Geldof, que num evento promo­vido pelo BES em Lisboa disse que “Angola é um país gerido por crimino­sos”, Fernando Ulrich diz que as declarações “não têm sentido nenhum”. Todos, até ele próprio, gostaríamos de acreditar.
O BPI tem em Angola o Banco Fomento e Angola, sendo este o seu princi­pal activo internacional. Fernando Ulrich diz que a experiência do BPI em Angola não mostra um país corrupto.
Aqui tem toda a razão. O país não é corrupto. Corruptos são, pensa-se, os que (des)governam o país. Aliás, Geldof falou de um país gerido por criminosos e não de um país criminoso.
“O BPI nunca pagou nada a ninguém para obter nada em troca como nem nunca ninguém nos pe­diu nada para fazer o que quer que fosse em troca”, disse ao “Diário Econó­mico”.