O sargento Valdemar que desde Março passado, é alvo de investigação criminal, por suspeita de uma intentona golpista, foi detido esta manhã no aeroporto internacional, por uma unidade operacional da Guarda Presidencial, quando tentava fugir para Angola.
O Téla Nón apurou que desde Março passado que o sargento Valdemar, é alvo de um processo judicial, por alegada tentativa golpista. Num dos dias de apagão geral no país, o sargento que estava de serviço no Palácio do Povo, teve manifestações estranhas que provocaram a sua detenção.
Era o chefe de serviço no Palácio do Povo na noite do apagão geral. O Téla Nón sabe que o sargento passou informação a vários colegas seus de outras unidades para-militares, de que naquela noite iria haver grande derramamento de sangue no país.
O mesmo terá abandonado o comando das tropas no Palácio do Povo, e se dirigiu a residência privada do Presidente da República em Pantufo. Local onde acabou por ser detido pela escolta do Chefe de Estado.
Foi afastado da unidade da Guarda Presidencial, e mais tarde transferido para a unidade de polícia fiscal e aduaneira. Aguardava assim o desenrolar do processo movido pelo Tribunal Militar, enquanto prosseguia também as investigações.
O Téla Nón apurou que desde o último domingo, que o serviço de contra-inteligência interna da Guarda Presidencial, descobriu que o sargento que estava sob a alçada da justiça militar, se preparava para fugir do país. Foi detido esta manhã na sala de embarque do aeroporto internacional, pelo grupo de operações da guarda presidencial, quando tentava viajar para Angola.
O Téla Nón sabe que no momento da detenção no aeroporto internacional, o sargento reagiu de forma desesperada, tendo dito que não poderia ser o único responsável pelo caso de Março passado, e apontou o dedo à alguns agentes políticos nacionais como instigadores ou autores morais, da alegada intentona que estava a ser preparada na noite do apagão longo no mês de Março.
O sargento Valdemar, foi conduzido de imediato a cadeia no centro de instrução militar de São Tomé.
A mesma unidade prisional, onde também se encontra fechado a sete chaves, outro militar da guarda presidencial que em Outubro último assaltou o gabinete do Presidente da República, e violou o sistema informático do Chefe de Estado.
O Ministério Público que tinha imposto ao agente da guarda presidencial, a medida coactiva de termo de identidade e de residência, até a conclusão do processo crime por violação do sistema informático de Pinto da Costa, decidiu passar o processo para o Tribunal militar.
Este por sua vez, preferiu dar ordem de detenção ao agente em causa, e a sua transferência para o calabouço da prisão militar do quartel do centro de instrução militar, até o julgamento.