Duas janelas foram apedrejadas
por volta das 6h00, mas ninguém tentou entrar no edifício, confirmou ao PÚBLICO
o assessor de imprensa da embaixada. Governo português lamentou
"desacatos".
Não é a primeira vez que o
edifício da representação diplomática angolana em Portugal é atacado.
A embaixada de Angola foi alvo
este domingo de madrugada de um ataque com pedras, por desconhecidos, que
destruíram duas grandes janelas do edifício, localizado na Avenida da
República, em Lisboa.
O incidente ocorreu por volta das
6h00, quando ainda estava escuro. Tratou-se de um apedrejamento com pedras da
calçada e ninguém tentou entrar no edifício, confirmou ao PÚBLICO o assessor de
imprensa da embaixada, Estêvão Alberto.
“Foram elementos não
identificados que cometeram esta barbaridade”, criticou o assessor que, no
entanto, desdramatizou. “Não vamos estar aqui a especular. Não sabemos quem foi
nem as razões que teve para o fazer. A polícia já esteve no local e está a
investigar”, afirmou Estêvão Alberto, recusando qualquer tipo de interpretação
para este acto de vandalismo.
As janelas atingidas são no
primeiro andar, na fachada principal. Tendo em conta a estrutura do edifício,
de fachada plana, a representação angolana em Portugal não acredita que a
intenção dos desconhecidos fosse entrar na embaixada para roubar.
O edifício tem um segurança 24
horas por dia e sistema de videovigilância. “Por volta das 6h00 o segurança
ouviu os estrondos e veio à porta. Mas foi tudo muito rápido e já não viu
ninguém na rua. A essa hora ainda está escuro”, descreve o assessor. Quanto às
câmaras de filmar, estas apontam apenas para a porta e para uma parte do
passeio e não conseguiram captar qualquer movimento suspeito, conta. Os
agressores terão tido o cuidado de ficar fora do alcance do sistema de vídeo.
Não é a primeira vez que o
edifício da representação diplomática angolana em Portugal é atacado. O mesmo
aconteceu há cerca de seis ou sete anos – Estêvão Alberto não soube precisar –
e também nessa altura não se percebeu quem o fez ou as justificações.
Entretanto, o Ministério dos
Negócios Estrangeiros português condenou “os desacatos" do "grupo de
desconhecidos" contra a embaixada angolana. O gabinete de Rui Machete diz,
em comunicado, ter contactado o embaixador de Angola e considera que a polícia
tomou "as medidas necessárias para apurar responsabilidades" pelo
acto de vandalismo.
O MNE também adianta que foi
reforçada a "protecção e a segurança da missão diplomática angolana".