Luanda - O cortejo fúnebre para o último adeus ao jovem Manuel Carvalho “Ganga” assassinado no dia 23 de Novembro pela guarda presidencial, esta a ser marcado por turbulência precipitadas pela Policia Nacional.
O corpo de Manuel Carvalho “Ganga” encontrava-se, em câmara ardente desde terça feira, no salão dos bombeiros, ao lado do hospital militar de Luanda com previsão de seguir por volta das 9h00 ao cemitério de Santa Ana, nos arredores do Comando Provincial de Luanda.
Durante a marcha a multidão que acompanha em andamento (dos bombeiros até ao cemitério) com o carro fúnebre em frente, foi interrompida pela polícia nacional que decidiu pôr ao longo trajecto um forte aparato de efectivos.
De acordo com o activista Victor Hugo Ngongo “três helicópteros patrulham o cemitério da Santa Ana e há informações que os efectivos da polícia dispararam bombas de gás lacrimogénio durante a caminhada. Eu estou na Santa Ana.”
Uma segunda testemunha que acompanhava o cortejo nos arredores do supermercado Jumbo confirma que foram atirados gás contra as pessoas. “Fomos travados no cortejo por um forte aparato policial com gás lacrimogéneo helicópteros etc., há desmaios. Os helicóptero estão a fazer voo e as pessoas estão envolvidas em pó de areia mesmo em torno do carro fúnebre”
Um terceira testemunha, amigo do malogrado que pede para não ser citado, conta que “a marcha funerária de Wilbert Ganga está parada junto ao Jumbo porque a polícia não deixa avançar. Há PIR por todo lado. Fiz o trajecto Feira Popular - Cemitério Sant'Ana de candongueiro e deu pra ver a cavalaria escondida um pouco mais em frente. Os policias estão fortemente armados por todo caminho. Em cima sobrevoa o helicóptero da polícia.”
A Policia impediu que se realizasse o cortejo fúnebre a pé obrigando as pessoas a apanharem autocarros para chegarem até ao cemitério. “Fomos impedidos pela barreira da polícia que encontramos no Jumbo. A situação está feia, até os mortos são impedidos de serem enterrados. O carro da urna está parado. Os polícias alegam que estão a espera das ordens superiores”, lamentou uma quarta testemunha.