O segundo maior partido da oposição em Angola, a coligação eleitoral Convergência Ampla de Salvação de Angola (CASA-CE), vai debater se vale a pena ou não continuar no Parlamento, anunciou hoje, em Luanda, o seu líder.
Abel Chivukuvuku falava em conferência de imprensa para apresentar a versão do partido sobre os acontecimentos dos últimos dias em Luanda, dos quais resultou a morte de um dos seus dirigentes por efetivos da guarda presidencial, e para dar a conhecer o programa das cerimónias fúnebres marcadas para quarta-feira.
Abel Chivukuvuku anunciou que os restos mortais do dirigente Manuel Hilberto Ganga vão sair, de manhã, do quartel-general dos bombeiros, em marcha apeada até ao cemitério, para a qual convidou todos os que queiram participar no que designou de "evento já comunicado às autoridades civis e policiais".
Manuel Hilberto Ganga, dirigente da CASA-CE, foi abatido com um tiro, no sábado, quando tentava fugir a uma ordem de detenção por ter sido surpreendido, com outros elementos daquele partido, a violar o perímetro de segurança da Presidência da República, de acordo com um comunicado do porta-voz do Comando Geral da Polícia Nacional angolana.
"O grupo foi detido quando procedia à afixação indevida de cartazes de propaganda subversiva de caráter ofensivo e injurioso ao Estado e aos seus dirigentes, tendo os mesmos sido prontamente neutralizados por uma patrulha da Guarnição do Palácio Presidencial, resultando na sua detenção", disse Aristófanes dos Santos.
O comunicado de imprensa apresentado por Aristófanes dos Santos destaca que Hilberto Ganga foi morto com tiro, quando se tentou por em fuga, incentivado pelos restantes sete detidos, mas um comunicado da CASA-CE, que cita justamente um dos restantes sete elementos, António Baião, salienta que foram disparados dois tiros e não um, como alega a polícia.
Fonte:Aqui