Lisboa - A Procuradoria-Geral da República de Portugal (PGR) arquivou o caso relativo ao vice-presidente de Angola, Manuel Vicente por fraude fiscal, branqueamento de capitais e falsificação de documentos, na passada semana.
Fonte: TSF
A investigação sobre a venda por 11 milhões de euros de uma participação do Banco BIG aos enteados de Manuel Vicente foi arquivada por decisão do procurador Rosário Teixeira, segundo o “Correio da Manhã”.
A Renascença tentou contar a PGR de Portugal para obter mais esclarecimentos, mas ainda não obteve resposta.
Manuel Vicente já viu arquivados dois processos que corriam contra si em Portugal.
A decisão surge pouco depois de ser conhecido o arquivamento de outro processo contra o procurador-geral de Angola, João Maria de Sousa.
O Presidente angolano anunciou a 15 de Outubro a suspensão da parceria estratégica entre Luanda e Lisboa. Alguns dias antes, em entrevista à Rádio Nacional de Angola, o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Rui Machete, tinha pedido desculpa a Luanda pelas investigações do Ministério Público português, declarações que provocaram polémica em Lisboa.
Mas as palavras de José Eduardo dos Santos também se seguem a uma série de editoriais em que o “Jornal de Angola” dizia que o poder angolano estava a ser alvo de uma campanha em Portugal.
Esta terça-feira, o Ministro da Justiça angolano anunciou o cancelamento da cimeira com Portugal prevista para Fevereiro. Rui Mangueira, contudo, frisou que a cooperação entre os dois países mantém-se.