O país que mais se destacou no Fórum Económico Mundial de África, que se realizou de 3 a 5 de Junho em Joanesburgo, foi a Etiópia, cuja economia está em expansão.
Em 2014, a Etópia foi o oitavo país africano que mais investimento direto recebeu do estrangeiro, quando em 2013 ocupava a décima quarta posição.
«É o segundo país com maior número de habitantes em África, ainda não se lançou no processo de urbanização, como os restantes países do continente, mas tudo indica que será um processo já em andamento. É um lugar muito excitante», conta Ross McLean, o responsável pela gestão da Dow Chemical na África subsariana. De facto, estimativas do FMI apontam para um crescimento da economia do país na ordem dos 8,6% este ano e 8,5% em 2016.
Addis Abada, capital do país, é o foco da efervescência económica salientada pelos intervenientes no Fórum Económico Mundial de África. Os investidores privados estão a apostar na construção de blocos de escritórios e apartamentos de luxo, enquanto o Governo está acabar com as favelas e a construir apartamentos low-cost. A Radisson Hotels International Inc. e o Marriott International Inc. são duas das cadeias mundiais de hotéis que abriram unidades na cidade para receber o fluxo de empresários que esta tem recebido. O Governo está também a apostar no desenvolvimento de infra-estruturas nacionais para atrair investidores.
Todavia, permanecem obstáculos ao desenvolvimento económico no país. De referir a ausência de uma classe média forte que impulsione a economia, e o facto de 30% da população viver na pobreza. A Frente Democrática Revolucionária (Ethiopian Peoples Revolutionary Democratic Front) governa o país há duas décadas e é o Governo que continua a controlar os serviços financeiros, telecomunicações, transporte e indústria. Fonte: Aqui