terça-feira, 6 de setembro de 2016

Soares Sambú: “NÃO HÁ CRISE POLÍTICA, HÁ SIM BLOQUEIO INSTITUCIONAL”

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O Ministro dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação Internacional, Soares Sambú, afirmou esta terça-feira, 06 de setembro, que não há crise política no país, mais sim um bloqueio institucional.

À saída de um encontro com o bloco diplomático da sub-região, que se encontra no país para encetar contatos com autoridades guineenses, o governante afasta qualquer hipótese, de imediato, para o fim do bloqueio.

“Discutimos as questões relacionadas com o bloqueio institucional e as modalidades para resolvê-las. As duas missões sub-regionais, dos ministros dos negócios estrangeiros e da comissão da CEDEAO vão continuar seus contatos ouvindo os diferentes interlocutores, portanto é uma missão que tem também a responsabilidade de solidariedade e de fraternidade, um dos pilares da comunidade”, acrescenta.
Os enviados do bloco diplomático sub-regional da CEDEAO tentam com esses encontros ajudar na mediação do impasse político vigente na Guiné-Bissau, há mais de um ano.
Ainda hoje, a missão que integra igualmente o novo presidente da Comissão da CEDEAO, o beninense Marcel de Souza, reúne-se com o grupo dos 15 deputados expulsos do PAIGC, PRS, PAIGC e outros partidos com e sem assento no Parlamento.
Segundo agenda, na quarta-feira, um dia antes de deixar o país, a missão da CEDEAO, que integra os Ministros dos Negócios Estrangeiros da Libéria, Togo e da Guiné-Conacri, terá encontros de trabalho com o presidente do Parlamento, Cipriano Cassamá e com o chefe de Estado guineense, José Mário Vaz.
Essa missão vem no cumprimento das resoluções da 49ª sessão ordinária da Conferência dos chefes de Estado e de Governos da CEDEAO que decorreu no passado mês de Junho em Dacar, no Senegal.
A cimeira de Dacar, entre outros, instou as partes desavindas na Guiné-Bissau a buscarem o entendimento através do diálogo inclusivo, dentro do respeito pela Constituição da República.
Na altura, os chefes de Estado da CEDEAO anunciaram igualmente, a vinda à Bissau, de três Chefes de Estado mandatados pela organização para ajudar os guineenses a entenderem-se.
As delegações ministeriais e da comissão da CEDEAO que amanhã terminam a sua missão ao país, não prestou até agora quaisquer declarações  à imprensa.
Por: Filomeno Sambú