Foto: Arquivo |
A seis meses das eleições legislativas na Guiné-Bissau, os partidos políticos começam a preparar-se para o embate com inaugurações de sede e entrada de novos militantes, enquanto novas formações políticas são reconhecidas pelo Supremo Tribunal de Justiça.
De regresso à política depois de vários anos de ausência, o Partido de Unidade Nacional (PUN), de Idrissa Djaló, inaugurou recentemente a sua sede em Bissau para o assinalar.
"Tínhamos suspendido a nossa participação na vida política ativa em 2006 e a partir de 2015 de forma não oficial e regressamos ao combate enquanto cidadãos, estamos a colocar a primeira pedra no regresso à vida política ativa do PUN", disse Idrissa Djaló.
Para o próximo mês, o PUN vai organizar o congresso para legitimar a direção do partido e começar a preparar as eleições legislativas previstas para 18 de novembro.
"Estamos convencidos que os grandes desafios políticos do país não encontram eco no seio da classe política. No nosso entender, o papel principal do político é diagnosticar dificuldades encontradas no país e propor soluções", afirmou.
Segundo Idrissa Djaló, as soluções propostas pelo PUN são "inovadoras e radicais", nomeadamente a "construção de uma nova República, de um novo Estado, uma nova administração pública, uma nova administração territorial, refazer o sistema político para o tornar mais eficaz e refazer todo o sistema de defesa e segurança", bem como o sistema judicial.
A Associação do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) também se prepara para o seu congresso, a realizar entre sexta-feira e domingo, mas antes realizou uma cerimónia para marcar a entrada de novos militantes para o partido.
"O nosso partido tem uma idade muito pequenina, tem 3 anos, vai fazer 4, mas temos estado a trabalhar junto do nosso povo e em todas as camadas para demonstrar o nosso projeto e tentar angariar o máximo possível de militantes de vários quadrantes", afirmou o vice-presidente da APU-PDGB, Armando Mango.
A APU-PDGB foi criada por Nuno Nabian, que ficou em segundo lugar nas eleições presidenciais de 2014, ganhas pelo atual Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz.
"O partido tem estado a crescer e muito em termos de se instalar no país e conquistar muitos militantes", salientou o advogado Armando Mango.
O Supremo Tribunal de Justiça da Guiné-Bissau reconheceu também um novo partido, o Movimento Guineense para o Desenvolvimento, que se junta ao mais de 30 que existem no país.
As últimas eleições legislativas, em 2014, foram disputadas por 15 partidos políticos, mas apenas cinco conseguiram chegar ao parlamento do país.
A Guiné-Bissau vai realizar eleições depois de uma grave crise política que paralisou o país durante três anos.
Fonte: https://www.dn.pt