O secretário de Estado das Comunidades da Guiné-Bissau, Queba Banjai, disse hoje que quer mais guineenses na diáspora a votar nas eleições legislativas de 2018, porque há cada vez mais cidadãos emigrados.
"No nosso entender seria uma oportunidade perdida do Governo não contemplar a maioria dos guineenses que vivem na diáspora", afirmou o secretário de Estado, salientando que há cada vez mais guineenses a viver fora do país.
Na Guiné-Bissau, as eleições legislativas elegem deputados pelo círculo de África e círculo da Europa, mas não estão incluídos todos os países.
No círculo de África, só podem votar os guineenses que residirem no Senegal, Gâmbia, Cabo Verde e Guiné-Conacri, enquanto no círculo da Europa há a possibilidade de voto para os guineenses que vivem em Portugal, Espanha e França.
"Na verdade a mensagem que estamos a passar é que na Europa devia ser (também incluídas) a Inglaterra e a Alemanha. Há um grande número de guineenses com residência fixa. E no círculo de África é Mauritânia e Angola", explicou Queba Banjai.
Segundo o secretário de Estado, a escolha daqueles países baseou-se também com a "realidade dos meios".
Para sensibilizar as autoridades do país sobre aquele assunto, o secretário de Estado manteve encontros nas últimas semanas com a Comissão Nacional de Eleições, Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral e a ministra da Administração Territorial, entre outras entidades relacionadas diretamente ou indiretamente com os guineenses a viver na diáspora.
"Este périplo visa a mobilização e sensibilização das autoridades competentes para que os guineenses na diáspora não sejam preteridos dos seus direitos, que são direitos fundamentais", disse.
A Guiné-Bissau vai realizar eleições legislativas a 18 de novembro.
Fonte: Lusa em, https://www.dn.pt