quarta-feira, 16 de maio de 2018

JUSTIÇA GUINEENSE PROCURA CIDADÃO ALEMÃO ACUSADO DE BURLA DE 100 MIL EUROS

O Ministério Público guineense está à procura do cidadão alemão, Olaf Baungarten, líder de uma fundação que ficou com 100 mil euros destinados à construção de um centro de hemodiálise em Bissau, que fugiu do país.

Fontes judiciais indicaram hoje à Lusa que Baungarten(na foto) fugiu de Bissau na passada quarta-feira depois de ter estado 41 dias detido nas celas da Polícia Judiciária, em cumprimento de medidas de coação aplicadas por um magistrado.


Ao ser apresentado ao juiz de Instrução Criminal, o alemão ficou com Termo de Identidade e Residência (TIR), sem passaporte e obrigado a apresentar-se todas as semanas na vara crime do Ministério Público.

As mesmas fontes explicaram à Lusa que Olaf Baungarten apresentou-se durante duas vezes, para de seguida fugir da Guiné-Bissau, sem levar o passaporte, que continua na posse do magistrado do Ministério Público titular do seu processo.

Uma fonte dos serviços de fronteiras guineenses disse à Lusa ter indicações de que o fugitivo se encontra no Senegal. A fonte admitiu que o alemão possa ter viajado pela via terrestre.

Momentos antes de ser detido pela PJ guineense, a 14 de março passado, em conferência de imprensa, Olaf Baungarten confirmou ter ficado com 90 dos 100 mil euros que uma organização tinha oferecido à Guiné-Bissau para construção de um centro de hemodiálise.

"Tinha problemas financeiros, utilizei esse dinheiro em proveito pessoal", afirmou Baungarten, prometendo restituir a soma no prazo de 90 dias e ainda fazer com que o centro de hemodiálise se torne uma realidade na Guiné-Bissau.

Disse ter adiantado 10 mil euros à empresa que iria montar os equipamentos em Bissau.

Olaf Baungarten é fundador e presidente da WestAfrica, a fundação que entretanto fechou por falência.

Naquela conferência de imprensa, Baungarten pediu desculpas ao povo e às autoridades da Guiné-Bissau e salientou que já pagou pelos seus atos na Alemanha, onde, disse, foi levado à justiça.

Fonte: Lusa em, https://www.dn.pt