sábado, 24 de janeiro de 2015

11 COISAS QUE A CIÊNCIA DIZ QUE ENGORDAM (E QUE VOCÊ NEM IMAGINAVA)

11 coisas que a ciência diz que engordam (e que você nem imaginava)


Muitos ainda estão com gosto de panetone na boca, mas na sua cabeça cresce a determinação de fazer algo para apagar, na medida do possível, o rasto deixado na balança pelas licenças dietéticas natalinas (uma média de dois a quatro quilos incorporados). Outros afortunados terão conseguido não engordar nem um grama nestas festas. Seja qual for o seu balanço, janeiro é um mês estratégico na guerra contra o sobrepeso. Há dezenas de dietas para emagrecer, algumas com uma sólida base científica, mas elas por si só não garantem a vitória, pois, como advertem os especialistas, vivemos numa sociedade obesogênica, em que uma multidão de factores confluem para fazer a festa dos adipócitos (células de gordura). A seguir, desmascaramos alguns dos aliados mais desconhecidos da obesidade.
 
1. As refeições em família. Mesmo que você esteja farto dos seus parentes, precisa saber que as refeições familiares podem proteger contra a obesidade e o sobrepeso. Entre as razões para isso está o facto de que, durante esses eventos, estabelecem-se conexões emocionais entre os familiares e os alimentos costumam ser mais saudáveis, segundo um estudo das universidades de Minnesota e Columbia (Estados Unidos) publicado na revista Journal of Pediatrics. Essa recomendação é especialmente útil para crianças e adolescentes para evitar a obesidade quando se tornarem a adultos. Mas não se apavore: uma ou duas refeições familiares por semana são suficientes para reduzir o risco de obesidade.
 
2. Os irmãos e amigos gordinhos. As pessoas próximas perseguem-no. Ter um irmão obeso duplica o seu risco de também sê-lo (e ainda mais se o obeso for o seu pai), e a possibilidade aumenta se esse irmão for mais velho e do mesmo sexo, argumenta Markos Pachucki, da Faculdade de Medicina da Universidade Harvard, em artigo publicado na American Journal of Preventive Medicine. Os amigos com sobrepeso tão pouco ajudam, porque o excesso de quilos é contagioso, como constatou o médico David Shoham, da Universidade Loyola, em Chicago, num estudo envolvendo 1.800 adolescentes (PLoS One). Essa correlação já havia sido identificada num trabalho anterior, publicado em 2007, na The New England Journal of Medicine. O bom é que a magreza também se transmite, e, se os seus amigos estão esbeltos (IMC igual ou menor a 20), você tem 40% mais chances de reduzir o seu peso.
 
3. As bactérias intestinais. É possível que o seu intestino abrigue a resposta para o seu peso. Se entre os milhões de micro-organismos que se alojam no aparelho digestivo houver bactérias da família Christensenellaceae, está de parabéns, já que elas protegem do aumento de peso (Cell). Embora esse micro-organismo seja transmitido hereditariamente, a sua descoberta prenuncia o desenvolvimento de tratamentos probióticos personalizados contra a obesidade.
 
4. O trabalho nocturno. Fazer serão engorda, e não é porque se coma mais, e sim porque o ritmo circadiano é alterado. As pessoas estão programadas para dormir quando não há luz e para comer durante o dia. “O trabalho por turnos durante a noite interrompe o sono e quebra o ciclo fisiológico, e isso provoca uma diminuição do gasto energético diário total”, conclui um estudo realizado por cientistas do Instituto Médico Howard Hughes (Texas) e publicado na revista científica PNAS. A solução: comer menos.
 
5. Dormir pouco. Está cientificamente provado: o déficit de sono não só afecta o humor como também engorda. A explicação é que o sono desempenha um papel relevante no metabolismo energético, de forma que, se não dormimos, comemos mais, num mecanismo fisiológico de adaptação para manter a vigília. Uma pesquisa publicada recentemente na American Journal of Clinical Nutrition concluiu também que dormir mais está associado a um menor índice de massa corporal (IMC) e uma melhor alimentação.
 
Obesidade mulher africa6. Poluentes ambientais. Os resíduos dos pesticidas DDT e lindano (utilizado para combater piolhos e sarna) são alguns dos poluentes que se acumulam no tecido adiposo humano, favorecendo o desenvolvimento de obesidade e o aumento do colesterol no sangue, conforme comprovou um grupo de cientistas da Universidade de Granada (Espanha), que publicou esses resultados na Enviromental Pollution. Tais poluentes chegam aos indivíduos principalmente através de alimentos com alto teor de gordura, incluindo carnes e peixes gordurosos de grande tamanho.
 
7. Ver televisão. Emendar o telejornal nocturno com um capítulo da sua série favorita, antes de terminar com uma zapeada por algum debate da actualidade, fará com que você passe mais de duas horas na frente da televisão. Se isso se repetir todos os dias, o seu risco de obesidade aumenta em 23% (para não falar dos 14% do risco de desenvolver diabetes), adverte um relatório da Universidade Harvard.
 
8. Dormir com a televisão ligada. Com certeza, mais de uma vez você já adormeceu embalado pelo barulhinho da TV. Esse pequeno prazer pode fazer o seu peso subir. Por quê? Segundo Ahmad Agil, pesquisador da Universidade de Granada, a exposição à luz artificial – como a emitida pela televisão, pelo computador ou por um abajur aceso – durante o sono nocturno reduz os níveis endógenos de melatonina, um hormônio libertado durante a noite para regular os ritmos circadianos e que possui um potente efeito antioxidante e anti-inflamatório. Essas propriedades protegem contra alterações metabólicas que provocam obesidade e diabetes. Um conselho: tente dormir completamente às escuras (Journal of Pineal Research).
 
9. O estresse pós-traumático. “As mulheres que sofrem de estresse pós-traumático ganham peso mais rapidamente e são mais propensas a padecerem de obesidade do que as que não atravessam esta situação”, assegura um estudo das universidades Harvard e Columbia publicado na Archives of General Psychiatry. Mas há uma boa notícia: quando os sintomas deste transtorno se reduzem, o risco de obesidade diminui notavelmente também.
 
10. A depressão e a ansiedade. Um terço das pessoas estressadas perde o apetite e emagrece, mas mais da metade reage ao estresse comendo e, o que é pior, ingerindo alimentos muito apetitosos, ricos em açúcares e gorduras. A explicação científica é que o centro de recompensa do cérebro se activa com esse tipo de comida. Além disso, o hormônio do estresse, o cortisol, sensibiliza esse sistema de recompensa, favorecendo a ingestão compulsiva de alimentos muito calóricos. Rubén Bravo, director do Departamento de Nutrição do Instituto Médico Europeu da Obesidade (IMEO), afirma: “A ansiedade e o estresse são duas situações que se repetem com frequência nos nossos consultórios. Os problemas económicos e trabalhistas levam a procurar a felicidade na comida, especialmente em doces, que atenuam a agitação”.
 
11. Alguns produtos desnatados. Um estudo publicado na Scandinavian Journal of Primary Health Care conclui que o consumo de laticínios ricos em gordura está correlacionado a um menor risco de desenvolver obesidade central. Na opinião do nutricionista Walter Willett, da Escola de Saúde Pública de Harvard, uma explicação para essa descoberta é que os produtos com gordura integral são mais saciantes e, além disso, os ácidos graxos dos laticínios têm um efeito adicional na regulação do peso. A nutricionista Natalia Galán, do Serviço de Promoção da Saúde do plano de saúde espanhol Sanitas, acrescenta: “Os produtos light nem sempre ajudam a emagrecer, porque o facto de terem 30% menos calorias que o produto original não é sinônimo de que não irão engordar. Muitos se anunciam como light e têm mais calorias que os que não são”. Fonte: Aqui