quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

GUINÉ-BISSAU: CAPITAL REGISTA PROLIFERAÇÃO DE VIATURAS COM VIDROS FUMADOS

Bissau – Apesar da medida do Executivo de Domingos Simões Pereira ter sido reforçada com o decreto-lei de 2002, que proíbe o uso em todo o território nacional de viaturas com vidros fumados, tem sido notável, nos últimos tempos, a circulação em abundância de veículos com este tipo de equipamento, principalmente na capital.
 
A situação faz crescer o nível de falta de segurança, o aumento de roubos e assaltos com arma de fogo em estabelecimentos comerciais de Bissau, denominados «cacifos», na sua maioria utilizados por comerciantes de nacionalidade mauritana.

A título de exemplo, conforme disse à PNN fonte da população, na madrugada de 20 de Janeiro um grupo de pessoas numa viatura com vidros fumados envolveu-se num tiroteio com a Polícia de Ordem Pública (POP), pertencente à 7.ª Esquadra de Bissau, na Zona Industrial de Bra, no Bairro do Enterramento, tendo as autoridades recuperado a viatura em causa e os assaltantes conseguido fugir.

Os homens armados circulavam com facilidade num veículo e tinham iniciado as suas operações no Bairro de Missira, junto ao Bairro do Melhoramento, onde se terão encontrado com um dos Conselheiros do Presidente da República, José Mário Vaz, que foi espancado, e levaram ainda uma quantia monetária e o seu telemóvel.

A PNN soube que na viatura recuperada foram encontrados documentos, alegadamente pertencentes a estes homens armados, assim como algumas fotografias.

Sobre esta nova realidade, uma fonte do Departamento de Investigação Policial e Informação Criminal da POP disse à PNN tratar-se de um fenómeno novo, o facto de um grupo de pessoas levar a cabo uma operação de assalto à mão armada em várias localidades, de uma forma muito bem coordenada.

De referir que, só em Janeiro, já foram registados alguns casos assinaláveis deste tipo de assaltos, com o mesmo modo de operacionalização, sobre os quais a Secretaria de Estado da Ordem Pública, através do Comissariado Nacional da Ordem Pública, ainda não se pronunciou publicamente.