quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

ÁRBITRO, PRECISA-SE

Domingos Simões Pereira continua a falar para o boneco? Diz que quer o diálogo que se presume ser institucional com o Presidente da República, José Mário Vaz. Que diálogo? Como ele define o diálogo?

Perguntado pela ONU sobre o "Programa de Diálogo Nacional" que pretende lançar para promover a paz e a reconciliação, respondeu assim: "A constatação que faço é a de que a sociedade precisa de diálogo. Não quero chamar a mim a competência de promover o diálogo. O que estou a afirmar é a disponibilidade para participar no diálogo e utilizar os espaços de contacto que tenho com a comunidade internacional para pedir apoio. Para dialogar é muito importante ter a vontade, mas não é suficiente. É preciso saber dialogar. E quando falamos de diálogo nacional a favor da reconciliação é preciso que a facilitação do diálogo seja feita por pessoas neutrais.

Devem ser pessoas com competência para promover o diálogo. No fundo, falamos da necessidade de diálogo porque reconhecemos poder haver interesses não conciliáveis, ou dificuldade em conciliar o nosso interesse." Ora bem, Domingos Simões Pereira reconhece a importância do diálogo e a necessidade de ele próprio participar nele, mas o seu problema será a competência do promotor do diálogo que tem que ser, no ponto de vista dele, neutral. Como? Esclareceu ele: "é preciso reconhecer que precisamos de ajuda de quem tem mais experiência em promover o diálogo, precisamos do apoio de pessoas neutrais. Eu continuarei disponível para ser parte do diálogo e dar a minha contribuição no sentido de encontrar um ponto de equilíbrio." Ai, a situação está assim tão desequilibrada entre irmão, que necessita de um promotor competente e neutral para mediar o "Diálogo"? A divergência não será apenas doméstica?

Domingos Simões Pereira continua a pregar pelo mundo fora. Reconheceu na sua visita a Cabo Verde que existe "Falta de alguma concertação", referindo-se o ambiente de crispação política institucional com o Presidente da República, José Mário Vaz. De facto, o povo guineense não pode ser arrastado, mais uma vez, para o abismo a conta de caprichos pessoais dos dirigentes políticos. Disse, o Primeiro-ministro, esperançado num "consenso que o povo guineense não só espera como exige". É verdade que nesse tipo de confrontos, a culpa é sempre do adversário ou inimigo. Será que o Presidente da República não tem sabido colocar-se das querelas políticas? Insinuou, então, Domingos Simões Pereira que "o interesse do povo guineense tem de ser colocado em primeiro plano e não tenho dúvidas nenhumas que o Presidente saberá fazê-lo".

Conclusão: o actual ambiente de crispação política institucional pode entender-se como conflito de interesses instalados a precisar de um "mediador" neutral com a desforra marcada. Que Deus nos dê saúde para assistir a festa nesse dia!

Doka Internacional