O governo são-tomense exonerou Justino Lima do cargo de Chefe de Estado-maior das Forças Armadas, anunciou hoje um comunicado do conselho de ministros.
A exoneração surge horas depois de o executivo tomar conhecimento de que o brigadeiro colocou o seu cargo de chefe de estado maior das forças armadas à disposição, conforme já havia anunciado durante a reunião do conselho superior de defesa realizada sexta-feira.
O Coronel Olinto Amado Paquete, vice-chefe de estado-maior, foi indicado para assegurar a chefia de estado-maior enquanto não for nomeado o substituto de Justino Limas, que exerceu apenas 10 meses do seu mandato de três anos.
Segundo o comunicado do conselho de ministros, a proposta de manter transitoriamente o coronel Olinto Amado Paquete na chefia do estado-maior visa "garantir o regular funcionamento das Forças Armadas".
A exoneração do brigadeiro Justino Lima surge na sequência do seu envolvimento no espancamento, em setembro passado, de um civil em plena parada do quartel-general, cujo vídeo foi divulgado há duas semanas nas redes sociais.
Esta atuação de Justino Lima mereceu a condenação do conselho superior de defesa nacional, que se reuniu esta semana duas vezes para analisar o caso.
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