A 12 de Julho de 1975, o primeiro presidente da Assembleia Nacional Nuno Xavier proclamou a criação do Estado de São Tomé e Príncipe, que no próximo domingo completa 40 anos.
Na série especial sobre os 40 anos das Independências da VOA, abordamos neste primeiro capítulo as origens pela luta pela autodeterminação da antiga colónia portuguesa, “que começou fora do país porque devido à exiguidade territorial São Tomé e Príncipe não podia acolher uma guerrilha”, como lembra Miguel Trovoada, um dos fundadores do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe(MPLSTP) e criador da bandeira do país.
“Ver subir aquela bandeira é uma emoção mais acrescida, com aquele povo todo na Praça da Independência, e ver os símbolos dos 500 anos desaparecerem foi extraordinário”, lembra Trovoada.
Antes, na década de 1960, um grupo de nacionalistas criou o Comité de Libertação de São Tomé e Príncipe, que mais tarde se transformou no MLSTP, “reconciliando os diversos grupos que havia”, segundo Leonel Mário d´Alva.
No início da década de1970 surgiu, no país, a Associação Cívica pró-MLSPT que visou “esclarecer o povo para que ele reivindicasse a sua independência".
Entretanto, antes da Independência, registou-se uma ruptura entre a Associação Cívica e o MLSTP, tendo sido alguns dirigentes da Associação Cívica expulsos, segundo Filinto Costa Alegre. Voz da América