terça-feira, 7 de julho de 2015

TPI ADIA JULGAMENTO DO LÍDER DE GUERRA CONGOLÊS NTAGANDA PARA SETEMBRO

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Dakar, Senegal (PANA) O Tribunal Penal Internacional (TPI) adiou para setembro deste ano o início do julgamento relativo ao caso do líder de guerra da RD Congo, Bosco Ntaganda(Foto), que devia realizar-se em julho corrente.

Num comunicado transmitido à PANA, o TPI precisa que o julgamento de Ntaganda inicialmente previsto para 7 a 9 de julho corrente foi adiado para 2 a 4 de setembro de 2015.

O TPI decidiu igualmente que o depoimento das primeiras testemunhas se  realizará, a partir de 15 de setembro de 2015, em vez de 24 de agosto de 2015, decisão anunciada durante uma conferência  estatutária  sobre os preparativos do julgamento, sublinha o comunicado.

Segundo o comunicado, a defesa de Ntaganda pediu o adiamento, a 29 de junho último, "até que as condições necessárias sejam  reunidas para garantir um processo equitativo".

A defesa teria levantado diferentes questões que a impediam, segundo o seu ponto de vista, de estar pronta para iniciar os procedimentos do julgamento.

A parte civil acedeu ao pedido da defesa formulado a 30 de junho último e «  não está oposta a um adiamento razoável »  para dar  um tempo suplementar à defesa.

O Tribunal diz que, ao aceitar a moção da defesa, considerou que a parte civil não se opõe ao pedido desta e se conformou com as suas obrigações, segundo o Tratado de Roma, para garantir um julgamento equitativo e os direitos do recluso.

"O TPI aceitou parcialmente o pedido e adiou o julgamento e o início das declarações preliminares por um período limitado »,  acrescenta o comunicado.

Bosco Ntaganda, ex-chefe do Estado-Maior adjunto da Força Patriótica para a Libertação da RD Congo, é acusado de 13 crimes de guerra dos quais assassinatos e tentativas de assassinatos, ataques contra civis, violações e escravatura sexuais contra estes civis; saque e deslocação de populações civis.

Ele faz igualmente face a cinco acusações de crimes contra a humanidade que comportam assassinatos, tentativas de assassinatos, escravatura sexual, perseguição e deslocação forçada de populações que teriam sido cometidos em Ituri, na RD Congo de 2002 a 2003.

Ntaganda está em detenção no TPI.