O Uganda está em primeiro lugar na lista dos países mais empreendedores de África. E há mais: as mulheres estão na liderança.
A conclusão é de um estudo da Approved Index, um grupo de redes de negócios sediado no Reino Unido, destacado pela CNBC Africa. Os cálculos são feitos com base na percentagem da população adulta que é dona de um negócio (individual ou coletivamente) e que paga ordenados (ou pagou durante pelo menos três meses).
De acordo com o relatório, 28% da população do Uganda é composta por empreendedores, que procuram tirar o máximo da liberdade que o país alcançou, depois de décadas de ditadura.
«Muitos daqueles que trabalham por conta própria estão a ver os seus negócios a crescer, devido em grande parte aos cabos de fibra ótica recentemente instalados em todo o país, que ligam até as aldeia mais remotas à internet», pode ler-se no documento.
As mulheres são a base do empreendedorismo no país. Tentam melhorar as suas perspetivas económicas, e por isso lutam pela sua autonomia. Ainda assim, continuam, diz a Approved Index, a enfrentar mais desafios do que os homens. 40% dos negócios do país são de mulheres – mas 93% do lucro global desses negócios ainda vai para os homens.
A Associação das Mulheres Ugandesas Empreendedoras (UWEAL) é uma iniciativa nacional que quer lutar contra esta diferença entre géneros. Todos os anos entrega um prémio à Melhor Empreendedora do Ano, para dar um novo impulso e uma nova motivação às mulheres empreendedoras quando se trata de desafiar estereótipos.
«Culturalmente, no Uganda as mulheres não são donas de terras, e esse é o requisito principal que os bancos avaliam na altura de conceder crédito, para perceber aquilo que cada pessoa tem, e qual é a sua segurança económica», refere Stella Maris Ddumba-Sewagaba, CEO da UWEAL. Fonte: Aqui