Assembleia do Povo Unido-Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) aponta a dissolução da Assembleia Nacional Popular (ANP) como a “única solução” para saída da crise política que o país vive há mais de um ano, desde a demissão do governo do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) em Agosto de 2015.
APU-PDGB reuniu nesta segunda-feira, 13 de Fevereiro de 2017, os seus dirigentes e militantes num dos hotéis da capital guineense para celebrar o segundo aniversário da legalização desta formação política da Guiné-Bissau, assim como debruçar sobre a atual crise política guineense.
Em representação do seu líder – Nuno Gomes Nabiam [ausente do país], o primeiro vice-presidente de APU-PDGB, Armando Mango justifica a sua posição que indica a dissolução da ANP como a saída salutar para a crise que a Guiné-Bissau, considerando que o atual parlamento guineense já não pode discutir e nem aprovar programa do governo.
Na visão de APU-PDGB, depois da dissolução da atual ANP deve-se nomear um governo da “unidade nacional” encarregue de preparar as eleições.
APU-PDGB reitera a sua posição de que quem deve governar é aquele que ganhou as eleições, “porque é o povo quem o indicou para governar o país”.
Mango não poupou críticas à Televisão pública da Guiné-Bissau (TGB) que considera de ter atitude “covarde” pelo facto de continuar a não fazer coberturas jornalísticas das atividades sua formação política.
APU-PDGB responsabiliza ainda o Presidente da República, José Mário Vaz da atual crise que o país vive desde agosto de 2015, assim como dos partidos que considera aliados do Chefe de Estado guineense, sem no entanto, mencionar nomes das referidas formações partidárias.
Armando Mango disse que a crise vigente, não será resolvida com as nomeações sucessivas dos governos, mas sim com a dissolução do parlamento e nomeação de um governo de unidade nacional.
“Quem demitiu os outros governos, devido a não aprovação dos programas tem que fazer a mesma coisa com atual governo. Mas será que isso resolverá a atual crise?”, questiona Armando Mango
Por: Sene Camará