sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

SECRETÁRIO GERAL DA ONU "PROFUNDAMENTE PREOCUPADO" COM A CRISE POLÍTICA NA GUINÉ-BISSAU ???

Se a hipocrisia matasse, António Guterres, atual Secretário Geral das Nações Unidas, já não estaria entre nós, mas sim no inferno, isso mesmo no inferno. António Guterres, não é amigo da Guiné-Bissau, para aqueles que não sabem ou não se lembram, foi o governo de António Guterres que financiou  à junta militar, deu apoio diplomático, logístico e  forneceu telefones satélites aos homens de Ansumane Mané. Portanto quando diz que está preocupado com a situação do nosso país, das duas uma, ou está a gozar connosco ou arrependeu-se do contributo que deu para desestabilização da Guiné-Bissau, ou seja, está com peso na consciência. As cíclicas  crises politicas que teimam em não deixar o nosso país desde   a guerra de 07 de Junho de 1998 até então, são consequências dessa guerra que vitimou milhares de guineenses e destruiu o país em todos aspetos, em boa verdade, foi essa guerra que mergulhou o país no caos a até a data presente.

De recordar que Portugal regozijou-se com a queda do Nino na guerra de 07 de Junho de 1998 , julgando que passaria a controlar a Guiné e a ditar as regras, nessa altura muitos governantes portugueses não esconderam a alegria, "Tenho ao meu lado o homem (Ansumane Mané) que foi o grande artífice dessa vitória militar" - A frase pertence a Jaime Gama, na altura Ministro português dos Negócios Estrangeiros, durante uma conferência de imprensa conjunta, e antes de Ansumane Mané ser condecorado pelo Presidente da República Portuguesa, Jorge Sampaio, sob proposta do Governo de António Guterres, atual Secretário Geral das Nações Unidas. Uma vitória militar que quase 20 anos depois não mudou nada pelo contrário as coisas pioraram. Para terminar queríamos saber porque é que um país democrático como Portugal que defende a paz, estabilidade política, democracia e direitos humanos, condecorou, Ansumane Mané,  líder da rebelião que dizimou milhares de vidas e destruiu o país? Por: Bambaram di Padida.

Lusa, 10 fev 2017 - O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, está "profundamente preocupado" com a crise política na Guiné-Bissau, de acordo com um relatório sobre o país que vai ser analisado na terça-feira pelo Conselho de Segurança da ONU.

O secretário-geral da ONU assume-se "profundamente preocupado com a prolongada crise política na Guiné-Bissau e o seu impacto negativo na estabilidade do país e no desenvolvimento socioeconómico", lê-se no documento.

O relatório foi elaborado pelo Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS) e lança um apelo ao Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, e aos signatários do Acordo de Conacri - subscrito em outubro para garantir estabilidade política -, para que o mesmo seja levado à prática.

"A formação de um governo que funcione na plenitude, que corresponda ao espírito do Acordo de Conacri e que seja suportado pela Assembleia Nacional é indispensável para um progresso sustentado da modernização das forças armadas e para a efetiva implementação da reforma do setor da segurança, com apoio da comunidade internacional", refere-se no documento.

A crise política na Guiné-Bissau começou em agosto de 2015 quando o Presidente da República demitiu o primeiro-ministro eleito, Domingos Simões Pereira.

Desde então já houve mais quatro governos, mas nenhum conseguiu a aprovação do parlamento.

Dado o contexto de incerteza e face à anunciada desmobilização da força militar e policial de estabilização, a ECOMIB, no dia 30 de junho, as Nações Unidas anunciam ainda que vão trabalhar com todos os parceiros "para garantir que a saída não resulta num vazio que leve à instabilidade".

A ECOMIB é composta por elementos dos países da África Ocidental, no âmbito da CEDEAO e foi colocada na Guiné-Bissau depois do golpe de Estado de 2012.

LFO // ANP