Apesar de pertencerem ao mesmo laboratório, PAIGCWOOD, responsável pelas crises politicas e instabilidades que têm assolado a Guiné-Bissau desde independência a esta parte, não se deixem dividir pelo diabo líder deste laboratório.
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O Presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau, Manuel Irénio Nascimento Lopes (Manelinho) acusa directamente o Chefe de Estado guineense, José Mário Vaz, de faltar à verdade e de pretender tirar proveito político à custa da Selecção Nacional que participou na CAN.
Mal regressou ao país, depois de ter participado na organização do evento que decorreu no Gabão, Manuel Irénio não poupou críticas à actuação de José Mário Vaz ao assumir a gerência dos fundos disponibilizados à Selecção Nacional de futebol. Aos jornalistas, em curtas palavras, Manelinho disse que o Presidente da República não tem noção daquilo que ele, Manuel Irénio Nascimento Lopes, é capaz de fazer para repor a verdade dos factos, tendo em conta as palavras proferidas pelo Presidente da República.
"É pura mentira tudo aquilo que se diz. Sou muito frontal e o Presidente da República não imagina o que sou capaz de fazer", afirma, para mais adiante esclarecer que não corresponde à verdade que os elementos da Federação Nacional de Futebol pretendiam desviar o dinheiro atribuído à Selecção Nacional para a sua participação na CAN, para construir casas ou comprar carros.
"Todos os elementos do Comité Executivo já tinham carros e casas antes da CAN. Não vimos ninguém no Gabão com dinheiro para a Selecção. Não vimos sequer um centavo das ofertas da comunidade da Mauritânia no país e dos restantes retalhistas dos mercados. Se alguém foi ao Gabão com dinheiro para fins políticos, o problema é seu, não sabemos nada", afirmou em tom de voz exaltado.
Manelinho, como é vulgarmente conhecido no país, promete realizar uma conferência de imprensa brevemente, para dizer "toda a verdade", porque, disse, "não vai permitir que se aproveite da Selecção Nacional de Futebol para tirar algum ponto político."
Citado pela imprensa nacional, o Presidente da República afirma ter decidido gerir o dinheiro atribuído à Selecção Nacional de Futebol para evitar desvios de procedimento para outros fins.
Uma equipa constituída por um conselheiro do Chefe do Estado para a área da Juventude e uma funcionária da Presidência da República pagaram hotéis e transportes para a maioria dos elementos do Comité Executivo da Federação, membros do Governo, jornalistas e outros convidados durante a estada da Selecção Nacional de Futebol no Gabão.