Ex-ministro dos Negócios Estrangeiros pediu continuação de assistência ao país; Comissão para a Consolidação da Paz pode prosseguir financiamento a iniciativas para mulheres, crianças e jovens.
Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.
O conselheiro político e diplomático do primeiro-ministro da Guiné-Bissau disse que deixava as Nações Unidas com sinais de fadiga internacional com a crise no seu país.
Soares Sambú, que já foi ministro guineense dos Negócios Estrangeiros, apresentou a posição oficial do governo na série de encontros sobre o país realizados esta semana. No fim das reuniões prestou declarações à ONU News.
Interesse
"É um apelo aos políticos porque irremediavelmente a solução passa necessariamente pela vontade expressa dos guineenses, mas naturalmente que que a situação já vem se arrastando há bastante tempo e pode-se notar algum cansaço de uma parte da comunidade internacional apesar do continuo interesse em continuar a assistir a Guiné-Bissau. O nosso apelo foi de continuarem a assistir-nos e a apoiar-nos".
O diplomata participou em sessões do Conselho de Segurança e da Configuração da Guiné-Bissau da Comissão para a Consolidação da Paz, PBC.
Soares Sambú disse que teve a perceção de que programas e projetos de vão continuar a ser financiados pela PBC, um grupo de nações que apoia países que acabaram de sair de situações de conflito. A estratégia para a Guiné-Bissau é liderada pelo Brasil.
Vontade
O auxílio continuaria a ser dado a iniciativas que envolvem "camadas mais vulneráveis como mulheres, crianças e jovens".
Sambu frisou, entretanto, que é preciso uma "maior vontade política" para superar a atual crise institucional para que haja um financiamento internacional sustentado para a reconstrução e o desenvolvimento socioeconómico da Guiné-Bissau.
Nas Nações Unidas, o emissário teve encontros como o Comité de Sanções sobre o país e com representantes de vários blocos regionais e Estados representados na organização.
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