terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

"COMUNIDADE INTERNACIONAL DEVE ASSUMIR SUAS RESPONSABILIDADES EM RELAÇÃO À GUINÉ-BISSAU", SIMÕES PEREIRA

O homem está equivocado e desesperado, anda a desinformar o mundo sobre a real situação política do nosso país. Acusa o JOMAV de não respeitar as leis, mas esqueceu-se dizer aos seus amigos que eles da máfia do PAIGCWOOD não respeitam as leis, a título de exemplo, não respeitaram o acórdão do STJ que  legitimou o governo de Dr. Baciro Djá nem o acórdão que considerou inconstitucional a expulsão de 15 deputados da ANP, bloquearam deliberadamente a ANP, proporcionaram um espetáculo antidemocrático quando se barricaram na sede do governo, tentaram incendiar o Palácio da República, boicotaram vários encontros com os mediadores internacionais em Bissau, etc. Este gajo deve ser detido e encarcerado o quanto antes, sob pena de o país entrar em conflito de grandes proporções. Nunca tínhamos visto nada igual no nosso país, ou seja, sempre houve demissões de Primeiros-Ministros no mundo e na Guiné-Bissau, mas nunca criaram problemas pelo facto de serem demitidos. Porquê tanta perturbação e obsessão pelo cargo de Primeiro-ministro? Se realmente DSP é um bom quadro que vá trabalhar para empresas ou organizações internacionais e deixe a Guiné-Bissau em paz, ninguém é insubstituível nem há lugares cativos. 

Presidente do PAIGC acusa PR pela crise e espera que Comité de Sanções da ONU seja activado

O presidente do PAIGC, o partido mais votado nas eleições na Guiné-Bissau, acusou, uma vez mais o Presidente da República de ser o responsável pela crise actual no país, ao optar por não cumprir nem as leis do país, nem o Acordo de Conacri.

Domingos Simões Pereira diz aguardar que a comunidade internacional, nomeadamente o Conselho de Segurança das Nações Unidas que debate a amanhã a situação do país, e a CEDEAO assumam as suas responsabilidades.

Em entrevista à VOA(Ouvir), afirma esperar que o Comité de Sanções deve ser activado.


Domigos Simões Pereira, que se encontra em Nova Iorque na sua ofensiva diplomática, diz ter chegado o momento de a comunidade internacional, nomeadamente o Conselho de Segurança das Nações Unidas que, em princípio, deve renovar a missão na Guiné-Bissau por um ano.

O antigo primeiro-ministro aponta o dedo ao Presidente da República, a quem acusa de não respeitar a lei nem o Acordo de Conacri e, por isso, acredita ser “o momento também de se activar o Comité de Sanções contra aqueles políticos, e em primeiro plano o Presidente da República, que têm posto e causa o exercício da democracia”.

Simões Pereira espera que na terça-feira, “as Nações Unidos sejam firmes, sejam muito claras na posição de exigir o respeito pela ordem constitucional”.

Semelhança com a Gâmbia

O líder do PAIGC vê alguma semelhança ao que passou na Gâmbia, onde a CEDEAO teve de intervir para repor a legalidade constitucional, o que, para ele, está a acontecer na Guiné-Bissau.

Frente ao que diz ser a recusa de José Mário Vaz de respeitar o Acordo de Conacri, no âmbito do qual foi escolhido Augusto Olivais como primeiro-ministro, segundo Simões Pereira, cabe também à CEDEAO intervir.

“O não reconhecimento dos resultados eleitorais poria em causa o Estado de Direito e é o que está a acontecer na Guiné-Bissau, em que há um órgão de soberania, o Presidente da República, que não entende, nem respeita o facto de outros órgãos de soberania terem autonomia de funcionamento e de decisão política”, explica Simões Pereira para quem “se o Presidente não respeita a Constituição e evoca o Acordo de Conacri, é um convite à responsabilização da comunidade internacional”.

PR quer envolver o exército

Ao atribuir toda a responsabilidade da crise actual ao Presidente da República, Domingos Simões Pereira acusa-o também de incentivar a intervenção as Forças Armadas que, no entanto, têm resistido.

O presidente do PAIGC é peremptório ao dizer que José Mário Vaz “tem feito tudo para envolver o exército nessa crise política, mas as Forças Armadas não querem se imiscuir porque todo o passado que tem pendido sobre elas tem funcionado como eventual dissuasor nessa eventual pretensão”.

Domingos Simões Pereira desloca-se a Cabo Verde para participar no congresso do PAICV, que começa na sexta-feira, 17.

Fonte: Voz da América