O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, viajou hoje para a Mauritânia a convite do líder daquele país, Mohammed Ould Abdelaziz, com o objetivo de "adquirir experiência" no domínio da segurança marítima.
Em declarações aos jornalistas no aeroporto de Bissau, José Mário Vaz lembrou que na última semana tomou a decisão de obrigar todos as embarcações estrangeiras que pesquem na Zona Económica Exclusiva do país a descarregar pescado para abastecimento do mercado nacional.
Na altura, determinou que as embarcações que não respeitarem aquela orientação seriam apreendidas, podendo até serem confiscados a favor do Estado guineense, sejam eles da União Europeia, da China, Rússia ou de outras nacionalidades, disse.
José Mário Vaz afirmou hoje que dessa sua decisão foram já apreendidos seis navios.
O Presidente guineense não revelou a nacionalidade ou a bandeira das embarcações capturadas.
Sublinhou ser firme a sua determinação em lutar contra aqueles que se aproveitam das riquezas da Guiné-Bissau que disse ser cada vez mais pobre quando outros são cada vez mais ricos.
O Presidente guineense apontou a falta de infraestruturas no país e a degradação social para justificar a determinação em controlar a ZEE e desta forma arranjar recursos financeiros "para resolver as dificuldades" que o Estado enfrenta, notou.
A seguir à Mauritânia, José Mário Vaz pretende visitar com os mesmos propósitos, o Senegal e Marrocos.
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