segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

BENIM: BERÇO DO VOODOO EM ÁFRICA

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Em nenhum país se celebra o Voodoo como no Benim. Há até um feriado nacional para o efeito (10 de janeiro). Por todo o país acontecem cerimónias e festas desta religião.

Voodoo: número incerto de fiéis

Não se sabe ao certo quantos seguidores de Voodoo existem no Benim. Dados oficiais apontam para 11% de uma população de 11 milhões. Mas números não oficiais apontam para números mais altos. No país não é incomum a prática do Voodoo em simultâneo com o cristianismo.
 
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Homenagem ao deus da varíola

Portanto, ninguém se pergunta sobre os vários altares que se vêem, principalmente pelas aldeias. A foto ilustra imagens dedicadas a Zakpata, o deus da terra. É também conhecido como o deus da varíola. Muitos deuses do Voodoo funcionam como intermediários entre as pessoas e Deus.
 
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Cerveja e lícores para os deuses

Um simples altar é suficiente para adorar um dos númerosos deuses. Também cerimónias de rituais com oferendas são importantes. Para agradar os deuses oferecem-se licores, cerveja e cigarros. Às vezes galinhas ou cabras. As ofertas são consoante a preferência do deus.
 
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Respostas às questões importantes da vida

Os que procuram respostas para assuntos importantes da vida podem consultar o conhecido Orácúlo Fa. Geralmente o oráculo lança os búzios e faz a sua leitura. Mas existem assuntos tabus: por exemplo, não se pode perguntar pela data da morte.
 
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Preservar a medicina antiga
 
O Voodoo é muito mais do que uma simples cerimónia, festa ou oráculo. Também está intimamente ligado a conhecimentos sobre plantas medicinais usadas durante séculos para curar doenças, como por exemplo a malária.
 
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Uso de clichês

Clichês encaixam-se em mercados de fetiches, cuja visita muitas vezes é considerada um tabu. Não apenas em Lomé, a capital do vizinho Togo. Aqui existem desde crânios de cães, peles de lagartos até crânios de leopardos, tudo o que se possa imaginar para as cerimónias de Voodoo.
 
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Uma lembrança para levar para casa

Como recordação de viagem tem de se levar esta lembrança. Traz sorte para relações duradoiras, é apenas uma da vasta gama de acessórios mágicos fabricados especialmente para turistas.
 
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Manter boas relações

Mas o Voodoo tem alcances mais amplos. Até a classe política confia nos seus poderes. Daagbo Hounon, chefe e representante do Voodoo em Ouidah, diz que antes das eleições os candidatos pedem a sua benção. Questionado se influencia na política Hounon opta por não responder.
 
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Feriado oficial do Voodoo no Benin

As cerimónias no dia do Voodoo atraem muitos seguidores beninenses para Ouidah, bem como curiosos e turistas. Em 1998 o ex-Presidente do Benim Mathieu Kérékou decretou o dia 10 de janeiro como feriado oficial do Voodoo.
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Festival do Voodoo em Ouidah

A maior celebração acontece na praia de Ouidah, a capital do Voodoo secreto. A volta do monumento "Porte de Non Retour", Porta sem retorno em português, reunem-se anualmente várias centenas de pessoas. A grande porta simboliza o fim da antiga rota dos escravos, que passava pela cidade. Através do comércio de escravos o Voodoo veio das Caraíbas, onde existe a maior comunidade de seguidores.
 
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Cada aldeia tem a sua própria cerimónia

Mas também no interior do país este dia é de grande importância. Pequenas cerimónias acontecem em várias aldeias, como aqui em Kpetekpa, um lugar perto da antiga cidade real de Abomey. Através da dança de transe e cantorias os fiéis procuram contacto com Deus.
 
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Fonte: DW África, Autoria: Katrin Gänsler, ni