sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

GUINÉ-BISSAU ÚNICO PAÍS LUSOFONO QUE SUBIU NO ÍNDICE DE LIBERDADE ECONÓMICA 2017

Crianças brincam num monumento de Bissau
Apesar da crise  fabricada pelos grupos de interesses obscuros desmantelados por Sua Excelência Presidente JOMAV, a Guiné-Bissau subiu 26 posições, os outros países da lusofonia todos estão na mer..da.

Todos os países de língua portuguesa pioraram no Índice de Liberdade Económica 2017, à exceção da Guiné-Bissau que subiu 26 posições, para o 119.º lugar do 'ranking' entre cerca de 180 economias analisadas.

O Índice de Liberdade Económica distribui os países por cinco secções: "livres" (80 a 100 pontos), "quase livres" (70 a 79,9), "moderadamente livres" (60 a 69,9), "maioritariamente não livres" (50 a 59,9) e "reprimidos" (40 a 49,9).


O 'ranking' deste ano estabelece a seguinte hierarquia no universo lusófono: Cabo Verde (116.º), Guiné-Bissau (119.º), São Tomé e Príncipe (124.º), Brasil (140.º), Moçambique (158.º), Angola (165.º) e Timor-Leste (173.º). Portugal caiu 13 posições para o 77.º lugar.

A maior parte dos países lusófonos está classificada como "maioritariamente não livre" -- Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Brasil -- enquanto Angola e Timor-Leste surgem listados como "reprimidos".

Apesar da subida no 'ranking' da Guiné-Bissau, que passou da 145.ª (2016) para a 119.ª posição, o Índice de Liberdade Económica 2017 refere que as "limitadas tentativas de reforma estrutural geraram um progresso desequilibrado no desenvolvimento económico" do país, e que o dinamismo do setor privado continua constrangido.

Cabo Verde

Cabo Verde -- com 56,9 pontos ou menos 9,6 do que em 2016 --, foi o país da lusofonia que registou a maior queda no Índice de Liberdade Económica, ao passar da 57.ª posição para a 116.ª da classificação.

"Cabo Verde beneficiou da manutenção da moderada estabilidade monetária e de uma relativamente elevada abertura de mercado que facilitou as trocas comerciais e investimento" externo, aponta o relatório, que também observa os benefícios para a economia de "um quadro jurídico sólido e transparente".


Logo CPLP (CPLP)
No entanto, "os pontos fortes institucionais de Cabo Verde, incluindo a independência judicial e transparência do Governo, não são acompanhados por um compromisso para uma boa gestão das finanças públicas".

"Com a dívida pública a atingir um nível igual ou superior a 100% do PIB, a redução do défice crónico precisa de ser a prioridade", acrescenta.

Moçambique

Em Moçambique, o relatório destaca que foram empreendidas "reformas para incentivar o desenvolvimento, embora o progresso tenha sido muito gradual", e que o "envolvimento do setor privado na economia é substancial, mas que a privatização das empresas estatais abrandou".

Angola

Em Angola, "a riqueza natural ajudou a atrair o investimento direto estrangeiro e a facilitar uma década de notável crescimento económico", refere o Índice de Liberdade Económica. "Mas a economia sofreu recentemente um grande choque estrutural, resultante da queda dos preços do petróleo, e as receitas do petróleo são incertas", adianta o documento, que observa também que "os monopólios e quase-monopólios continuam a dominar os principais setores".

Brasil

Já o Brasil caiu da 122.ª posição (2016) para a 140.ª. "A crise política, em conjunto com o declínio dos preços, contribuiu para uma forte contração da economia que afetou a confiança dos consumidores e investidores", indica o relatório da Heritage Foundation.

Sobre o Brasil acrescenta que "a condição fiscal tem sido gravemente comprometida" por uma combinação de fatores como "inflação elevada, paralisação política e aumento dos défices orçamentais que aumentaram o peso da dívida pública".

Timor-Leste 

Com 46,3 pontos, Timor-Leste manteve o pior lugar entre os países lusófonos (173.º), descendo ainda seis posições em relação ao ano passado (167.º).


Angola Luanda Kwanza (DW/V. T.) Kwanza (Angola)

Apesar dos "progressos na estabilidade desde a independência, em 2002", o relatório aponta que "as deficiências estruturais e institucionais continuam a restringir a liberdade económica" de Timor-Leste, e que "a instabilidade política continua a travar o desenvolvimento económico duradouro".Atrás de Timor-Leste só estão a Guiné Equatorial (174.ª), Zimbabué (175.ª), Eritreia (176.ª), República do Congo (177.ª), Cuba (178.ª), Venezuela (179.ª) e Coreia do Norte (180.ª). 

O índice de Liberdade Económica de 2017 coloca nas primeiras posições Hong Kong, Singapura e Nova Zelândia, à semelhança do ano passado.

Para efeitos do estudo -- que contemplou 186 economias, mas excluiu seis países do 'ranking' por falta de dados -- são analisadas dez variáveis englobadas em quatro grupos: Estado de Direito, dimensão do Governo, eficiência ao nível da regulação e criação de novos negócios. 

Fonte: DW África