sábado, 11 de fevereiro de 2017

PRESIDENTE DA GUINÉ-BISSAU ACUSA PARLAMENTO DE BLOQUEAR O PAÍS

O JOMAV tem toda a razão, sempre alertamos que o problema reside no parlamento, sequestrado e bloqueado pela máfia que atualmente controla o PAIGCWOOD, laboratório de todos os males que assolam o país desde independência a esta parte e santuário de criminosos, djilas, mafiosos etc. O PAIGCWOOD deve sair da cena para que o país possa viver a paz, estabilidade e avançar em termos de desenvolvimento.
 
O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, acusou hoje o Parlamento de ter bloqueado o normal funcionamento do país através da recusa da mesa do órgão em permitir a discussão do programa do Governo.
 
No seu discurso de encerramento de um simpósio internacional sobre a reconciliação entre os guineenses, José Mário Vaz, afirmou que a crise de que se fala existir na Guiné-Bissau "reduz-se a uma clara obstrução e bloqueio" do Parlamento por parte da direção do órgão.
 
Para o chefe do Estado guineense, que falava no Parlamento, não existem problemas militares no país mas "uma crise iminentemente político-institucional" alimentada pelo Parlamento que, segundo disse, se recusa a permitir a discussão de políticas que possam promover o desenvolvimento do país.
 
A direção do Parlamento, obedecendo ao posicionamento do partido maioritário, o PAIGC, tem-se recusado a discutir e aprovar o programa do Governo, sob a alegação de que o executivo é de iniciativa do chefe do Estado, logo fora do âmbito constitucional.
 
José Mário Vaz entende que a postura da mesa que preside ao Parlamento "violenta a democracia" uma vez que o plenário do órgão não consegue se reunir para aprovar leis de acordo com o mandato que o povo concedeu aos deputados, observou.
 
Quanto à intenção da comissão de reconciliação nacional, órgão instituído pelo Parlamento e liderado pelo padre Domingos da Fonseca, o líder guineense disse estar aberto a abraçar a iniciativa desde que seja para a busca da verdade.
 
José Mário Vaz pediu ao líder da comissão que lhe apresente um calendário de atividades que devem ser levadas a cabo até à realização da conferência nacional de reconciliação em data a ser marcada oportunamente.
 
No entanto, o Presidente guineense voltou a pedir aos cidadãos do país que confiem nas potencialidades da Guiné-Bissau e que apostem no "trabalho sério" mais do que qualquer ajuda da comunidade internacional, frisou. 
 
José Mário Vaz aproveitou a ocasião para saudar o ex-Presidente de Timor-Leste e prémio Nobel da paz, José Ramos-Horta que, na qualidade de antigo representante da ONU em Bissau, foi o convidado de honra do simpósio que hoje encerrou os trabalhos.
 
MB // JPF