sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

CARLOS GOMES JÚNIOR ADMITE PARTICIPAR NO IX CONGRESSO DO PAIGC

Ex-Primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior (Cadogo), admitiu esta sexta-feira, 19 de Janeiro 2018, a possibilidade de participar no IX Congresso Ordinário do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), a decorrer de 30 de Janeiro a 4 Fevereiro do ano em curso, para servir o país e o partido, caso for admitido pelos militantes dos libertadores.

A saída de um encontro com o Presidente da República, José Mário Vaz, Carlos Gomes Júnior disse que regressou ao país como mensageiro da promoção de  paz, estabilidade e desenvolvimento da Guiné-Bissau, “calmando” assim os “ânimos” dos guineenses rumo ao desenvolvimento almejado.

Sublinha que a sua missão neste momento é de apelar os atores nacionais no sentido de pautarem pelo diálogo como forma de pôr fim à crise política vigente no país e criar esperança no seio da juventude guineense.

“Estou muito à vontade e tranquilo aqui no meu país e posso andar na rua como qualquer cidadão da Guiné-Bissau. Como sabe, qualquer cidadão tem que respeitar a justiça do seu país, portanto se houver alguma coisa contra a minha pessoa vou responder no fórum judicial pelas acusações que eventualmente serei alvo. Vou com consciência tranquila enquanto cidadão”, vincou Carlos Gomes Junior.

Cadogo Filho (como é também conhecido na Guiné-Bissau) explicou que o seu encontro com Chefe de Estado foi um encontro de amigos que trabalharam juntos num governo durante quatro anos, durante o qual colocaram “traumatizado ou intimidado porque deixou a governação”.

“Temos que ter a coragem de fazer como fez Umaro Sissoco Embaló, quando não temos condições para  corresponder aos desafios que o nosso exercício nos impõe. É normal deixar a governação, mesmo sendo quando o poder ou mandato é-nos confiado pelo povo”, aconselha.

“Conheci Umaro Sissoco há muitos anos, em Burquina Faso, como conselheiro do Presidente Blaise Compaoré e entendeu que podia dar também contribuição para o seu país fê-lo a sua medida e se chegou a hora de ele partir que parta, ninguém pode tirar o seu nome da história”, sublinha.


Por: Aguinaldo Ampa e Celeste Djatá
Foto: Cortesia da Presidência da República