O Primeiro-ministro demitido, Umaro El Mokhtar Sissoco Embaló revelou hoje, 17 de Janeiro 2018, que a situação ‘inconfortável’ em que se encontrava, no seu entender, o Presidente da República, José Mário Vaz obrigou-o a demitir-se das suas funções no passado dia 12 do mês em curso, de forma a deixar o Chefe de Estado mais confortado.
Em declaração à imprensa depois de uma reunião de Conselho de Ministros, que decorreu no salão nobre “Francisco João Mendes – Tchico Té”, no Palácio do Governo em Brá, o demitido Primeiro-Ministro afirma que nunca se sentiu traído pelos membros do seu executivo.
Sissoco Embaló disse ainda que durante a despedida com os membros do seu governo, foi surpreendido com a entrega do relatório do período do seu mandato, acrescentando que o decreto presidencial [N.º 01/2018] que o exonera e consequentemente o seu governo espelha na sua visão, o respeito e honra, com a qual deixarão as suas funções.
Na ocasião, Sissoco Embaló reiterou que chegou ao cargo do Primeiro-ministro através do Acordo de Conacri.
“Como sabem, pelo interesse supremo da nação fui dado oportunidade e nomeado como Chefe do Executivo pelo Presidente da República, José Mário Vaz, por isso, não posso ver este homem num estado inconfortável. Entendi que em jeito de reconhecimento, tinha que pedir a minha demissão. José Mário Vaz nunca mais sairá da minha memória, assim como das pessoas que gostam de mim, porque, ele fez-me entrar pela história da Guiné-Bissau”, explica Umaro El Mokhtar Sissoco Embaló.
Questionado se vai exercer a política ativa no futuro, Sissoco Embaló respondeu que ele é um político.
Solicitado a pronunciar-se sobre a sua eventual integração no próximo governo, respondeu que vai avaliar se aceitará ou não um convite para fazer parte do próximo executivo tão esperado nas próximas horas ou dias pelos guineenses.
Umaro Sissoco Embaló, aproveitou a ocasião para agradecer ainda o povo da Guiné-Bissau, ao Presidente da República, aos membros do governo, às forças da defesa e segurança, às missões diplomáticas, às instituições e organismos internacionais pelo apoio prestado ao executivo que liderou até 16 de Janeiro deste ano.
Por: Sene Camará