O mundo cambaleia entre democracia e hipocrisia. É conforme os interesses das grandes potências mundiais. A Ucrânia é um dos exemplos da vacilação política! Senão vejamos: os protestos neste país arrastam desde Novembro passado, intensificando-se nos últimos dias. Os manifestantes pedem a cabeça do Presidente Viktor Yanukovych e que convoque eleições presidenciais antecipadas. Mas, o que temos escutado no mundo sobre o assunto? Nada! Conforme noticiou o jornal "Expresso", Joe Biden encorajou o Presidente da Ucrânia a continuar o trabalho com a oposição, para alcançar os compromissos críticos para uma solução pacífica (...), o que inclui uma lei de amnistia e um Governo que possa trazer unidade política; que conquiste a confiança do povo ucraniano, e que leve a Ucrânia na direção da Europa, etc, etc..
Ora, buscando alguma analogia com os nossos países de África, diria que as avaliações têm sempre dois pesos e duas medidas. Os povos de África parecem diferentes dos povos do resto do mundo. Se fossem os africanos a reivindicar desta maneira seriam já rechaçados, não com canhões de água ou balas de borracha, mas sim com balas verdadeiras a matar. Se fosse aqui, a reivindicação já teria conotação de tribalismo ou regionalismo. Em África, o poder conquistado nas urnas não se contesta. É legitimo e legitimado até para matar. As reivindicações a esses poderes são antidemocráticas e inconstitucionais. Coclusão: os poderes em África são autênticos guardiões das matérias-primas escoados para a Europa!