Congresso
para a Democracia e Progresso (CDP no poder), anunciou quinta-feira a criação
de uma "Frente Republicana", composta por cerca de quarenta partidos
minoritários no Burkina Faso.
Tinha
de esperar cinco dias após o dia nacional de protestos organizado pela oposição,
18 de Janeiro, para ver o CDP replicar. A partir da sala de conferências do
hotel de luxo Splendid, em Ouagadougou, Assimi Kouanda, o Secretário Executivo
Nacional do partido, anunciou quinta-feira de manhã, 23 de Janeiro, a criação
de um "instrumento de parceria política e de colaboração", chamado
Frente Republicana.
Reunidos
em torno do CDP, cerca de quarenta partidos que compõem esta nova coligação, têm
como objectivo “fortalecer a democracia, a defesa dos princípios republicanos e
a preservação da paz social”. Os partidos que fazem parte da referida coligação, tais como a União Nacional para a Democracia e Desenvolvimento (UNDD), agrupamento
dos Ecologistas de Burkina Faso(RDEBF) ou o partido Independente do Burkina
(PIB), são a favor da realização de um referendo sobre a questão da revisão do
artigo 37 que limita a dois o número de mandatos presidenciais
consecutivos. "A Constituição não proíbe a
revisão do artigo 37 "garante Hermann Yaméogo, presidente da
UNDD.
A
finalidade desta Frente Republicana é uma boa oportunidade para o CDP
"recuperar o controlo" sob pena de ver a oposição política se fortalecer
perigosamente.
Sábado,
25 de Janeiro, os quadros que recentemente se demitiram do CDP - Roch Marc
Christian Kaboré, Salif Diallo e Simon Compaoré – vão anunciar a criação de um
novo partido político. jeuneafrique.com