O
chefe das Forças Armadas da Guiné-Bissau, general António Indjai, quer que o
Governo garanta que as eleições gerais decorram a 16 de março e ameaçou hoje
responsabilizar quem perturbar o processo.
"Nós
(militares) estamos de acordo para que as eleições tenham lugar no dia 16 de
março, sem falta. Quem tentar perturbar esta data será responsabilizado. Quero
que o Governo faça tudo para que as eleições tenham lugar na data
marcada", referiu o líder do golpe de Estado de 2012.
O
Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau, António
Indjai, falava numa cerimónia de receção de cumprimentos de ano novo por parte
de elementos afetos aos serviços de imprensa militar.
As
eleições serão as primeiras após o golpe de Estado de abril de 2012.
"Não
pode haver mais perturbações neste país", referiu.
"Podemos
aceitar que se altere muita coisa", menos a data das eleições,
acrescentou.
As
declarações surgem depois de os militares guineenses terem sido alvo de várias
recomendações do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Na
última declaração sobre o país, emitida a 09 de dezembro, aquele órgão disse
lamentar "severamente as repetidas interferências dos militares nos
assuntos civis" e pediu "respeito" pela ordem constitucional e
processo eleitoral, sem mais adiamentos.
Hoje
foi António Indjai quem fez um apelo generalizado ao diálogo.
"Saibamos
resolver os nossos problemas à volta de uma mesa. Deixemos as armas de
lado", referiu.
Indjai
prometeu ainda ser implacável e tratar pessoalmente de eventuais casos de
tráfico de estupefacientes.
"Quero
deixar aqui um aviso: Qualquer pessoa que eu apanhar a trazer droga para este
país, vai se ver comigo", referiu.
As
autoridades dos Estados Unidos da América (EUA) manifestaram no início de 2013
a intenção de deter António Indjai por alegado envolvimento em tráfico de
drogas internacional.
O
general refuta as acusações que surgiram depois de, a 4 de abril de 2013, uma
brigada de combate ao tráfico de droga dos EUA ter capturado Bubo Na Tchuto,
antigo chefe da marinha guineense, acusando-o de tráfico de estupefacientes.
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// APN