terça-feira, 28 de janeiro de 2014

GUINÉ-BISSAU: LÍDER DAS FORÇAS ARMADAS GUINEENSES AMEAÇA RESPONSABILIZAR QUEM PERTURBAR ELEIÇÕES


O chefe das Forças Armadas da Guiné-Bissau, general António Indjai, quer que o Governo garanta que as eleições gerais decorram a 16 de março e ameaçou hoje responsabilizar quem perturbar o processo.

"Nós (militares) estamos de acordo para que as eleições tenham lugar no dia 16 de março, sem falta. Quem tentar perturbar esta data será responsabilizado. Quero que o Governo faça tudo para que as eleições tenham lugar na data marcada", referiu o líder do golpe de Estado de 2012.

O Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau, António Indjai, falava numa cerimónia de receção de cumprimentos de ano novo por parte de elementos afetos aos serviços de imprensa militar.
As eleições serão as primeiras após o golpe de Estado de abril de 2012.
"Não pode haver mais perturbações neste país", referiu.

"Podemos aceitar que se altere muita coisa", menos a data das eleições, acrescentou.
As declarações surgem depois de os militares guineenses terem sido alvo de várias recomendações do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Na última declaração sobre o país, emitida a 09 de dezembro, aquele órgão disse lamentar "severamente as repetidas interferências dos militares nos assuntos civis" e pediu "respeito" pela ordem constitucional e processo eleitoral, sem mais adiamentos.
Hoje foi António Indjai quem fez um apelo generalizado ao diálogo.
"Saibamos resolver os nossos problemas à volta de uma mesa. Deixemos as armas de lado", referiu.

Indjai prometeu ainda ser implacável e tratar pessoalmente de eventuais casos de tráfico de estupefacientes.
"Quero deixar aqui um aviso: Qualquer pessoa que eu apanhar a trazer droga para este país, vai se ver comigo", referiu.

As autoridades dos Estados Unidos da América (EUA) manifestaram no início de 2013 a intenção de deter António Indjai por alegado envolvimento em tráfico de drogas internacional.
O general refuta as acusações que surgiram depois de, a 4 de abril de 2013, uma brigada de combate ao tráfico de droga dos EUA ter capturado Bubo Na Tchuto, antigo chefe da marinha guineense, acusando-o de tráfico de estupefacientes.

noticias.pt.msn.com - LFO/MB // APN