GOVERNO CALOTEIRO NÃO PAGA
Um grupo de ex-militares das extintas FAPLA, FALA e ELNA apelam novamente ao Executivo para que resolva com urgência os seus problemas ligados à sua inserção na Caixa de Segurança Social das Forças Armadas e ao pagamento de subsídios. Os desmobilizados penas exigem uma pensão mensal, para que possam sobreviver com o mínimo, pois dignidade, sabem que este governo já lhes roubou definitivamente.
O que eles pedem é o mínimo, que um governo responsável pode dar a milhares de angolanos que deram o melhor de si para a defesa da pátria, pois um pagamento do tipo indemnização a homens, que quase nada mais sabem fazer do que disparar é um risco à estabilidade do país. “Não serão meia dúzia de generais de barriga cheia” que impedirão os ex-militares de sair à rua, dizia a este propósito, em Agosto de 2012, o general Silva Mateus.
Os antigos militares dizem, com toda a razão, que contribuíram para a independência mas que hoje são esquecidos. Assim, uma das alternativas para saírem do esquecimento é, dizem, sair à rua para uma vaga de manifestações. Dão, contudo, dois meses ao Governo para resolver a questão.
“Somos ex-militares, pelo tempo que nós conquistamos a paz aqui no nosso País até hoje nós estamos mal, o governo não nos olha. Viemos aqui para levantar a voz para ver se o governo nos escuta, não estamos a pedir ajuda, queremos simplesmente que o governo nos escute e resolva a nossa situação”, afirmou um dos ex-militares que por razões de segurança (eles conhecem bem as regras do regime) preferiu anonimato.
De acordo com o mesmo militar, “vamos esperar os meses de Janeiro e Fevereiro, se porventura o governo não se pronunciar, não disser mesmo nada, nós vamos para a rua. Nós todos já estamos bem organizados e prontos para ir para a rua à luz do Artigo 47 da Constituição”.
“Apelamos mais uma vez aos nossos companheiros que não sabem como nos estamos a organizar, os da ODP, ONSP, FAPLA, BPV, FALA, FLEC, ELNA, viúvas e órfãos, que fi quem atentos e vão saber o que pretendemos fazer”, acrescentam.
Mário Pinto Sozinho, também ex-militar, reforçou a ideia, dizendo que em 2008, o governo entregou no Regimento das Comunicações algumas guias para que as pessoas levantassem o dinheiro nos bancos, o que infelizmente não aconteceu.
“Todos esses que receberam essas guias até hoje não receberam o seu dinheiro, chegam ao banco e não há dinheiro. Muitas dessas pessoas estão a morrer deixando as suas guias e o seu dinheiro”, explicou Mário Pinto Sozinho, sublinhando ser essa a razão pela qual a manifestação ganha força.
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