quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

GUINÉ-BISSAU: GOVERNO DE TRANSIÇÃO QUER MAIS "CINCO OU SETE DIAS" DE RECENSEAMENTO


O Governo de transição da Guiné-Bissau vai pedir ao Presidente Serifo Nhamadjo para prolongar o recenseamento eleitoral, que deveria terminar na sexta-feira, por mais "cinco ou sete dias".
A informação foi hoje avançada aos jornalistas por Batista Té,(na foto) ministro da Administração Territorial e coordenador do processo de recenseamento que decorre desde 01 de dezembro.
No entanto, apesar do pedido de prolongamento, "as eleições não serão adiadas, de maneira alguma", enfatizou.
Segundo referiu, já está recenseado 82 por cento dos eleitores previstos (810 mil) e as autoridades de transição esperam inscrever mais cerca de 150 mil, pelo que vão pedir que a operação decorra durante mais alguns dias.
Dos 810.027 potenciais eleitores previstos para serem recenseados, Batista Té referiu que já foram registados 661 mil potenciais votantes no país e nos sete países da diáspora (Cabo Verde, Senegal, Gâmbia e Guiné Conacri, Portugal, Franca e Espanha).
No exterior, a Espanha é o país em que foi registado o menor número, 232, enquanto em Portugal foram inscritos até hoje 1.577.
O governante disse que se o Presidente Serifo Nhamadjo aceitar prolongar o recenseamento por mais "cinco ou sete" dias, o Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE) espera atingir o número previsto de eleitores.
No entanto, o ministro explicou que, em certas zonas do país, nomeadamente em Bissau, Gabú e Bafatá, cidades da região leste, há indícios que apontam no sentido de que "as pessoas não querem recensear-se".
Batista Té frisou que, só em Bissau, existem 83 kits (conjuntos de equipamento informático para recolha de dados de eleitores), mas em certas zonas "são poucas as pessoas que aparecem" nas mesas do recenseamento.
De 01 de dezembro a 30 de janeiro, foram registados em Bissau 75 por cento de potenciais eleitores, enquanto noutras regiões há casos em que foram registados cerca de 95 por cento de eleitores, observou Té.
O ministro afirmou que talvez possa haver pessoas nos centros urbanos que pensam que as eleições vão ser adiadas na data de 16 de março, mas descarta essa possibilidade. RTP