Maputo,
31 jan (Lusa) - Cinco membros da polícia moçambicana, incluindo um comandante
distrital e um investigador da polícia, foram detidos no distrito de Massingir,
província de Gaza, sul do país, por suposta venda de um corno de rinoceronte,
noticia o semanário Savana.
Em
declarações ao canal público TVM, o diretor da Ordem no Comando da Polícia da
República de Moçambique na província de Gaza, Francisco Munguambe, confirmou a
detenção dos cinco agentes, mas não entrou em detalhes sobre a sua identidade.
Segundo
o jornal Savana, os agentes detidos invadiram a residência de um alegado
caçador furtivo em Massingir e retiraram um corno de rinoceronte, que mais
tarde venderam a um traficante de cornos de rinoceronte e marfim.
A
invasão à residência do alegado caçador furtivo aconteceu depois de as
autoridades policiais terem recebido uma denúncia anónima, adianta o jornal.
Em
declarações à Lusa, fonte do comando provincial da polícia em Gaza confirmou a
detenção de polícias em conexão com a venda de marfim, mas não forneceu mais
detalhes.
Os
detidos serão apenas sujeitos a medidas disciplinares e provavelmente ao
pagamento de multas, dado que os delitos florestais e contra animais não são
crime em Moçambique, sendo considerados contravenções.
O
distrito de Massingir é um dos principais pontos de trânsito de caçadores
furtivos para o parque sul-africano de Krueger, palco de matança de
rinocerontes e elefantes, para a extração de cornos e marfim.
O
Governo sul-africano destacou o exército para a zona do Krueger que faz
fronteira com Moçambique, como forma de conter as incursões de caçadores
furtivos.
Desde então, dezenas de
moçambicanos supostamente envolvidos na morte de rinocerontes e elefantes são
anualmente mortos e tantos outros condenados por alegada participação na
matança daqueles animais. LusaLeia também: Togo: Nova apreensão de marfim avaliada em quatro toneladas nesta semana