O acordo foi assinado em Addis Abeba, capital da Etiópia, por
representantes do Presidente sul sudanês, Salva Kiir(foto), e uma delegação dos
rebeldes apoiantes do deposto vice-presidente Riek Machar, e de imediato
saudado por diplomatas e mediadores regionais.
Os mediadores do IGAD (Autoridade Intergovernamental para o
Desenvolvimento), o bloco regional de seis países África oriental envolvido nas
conversações de paz, referiram que o acordo também inclui um mecanismo de
verificação e monitorização do cessar-fogo.
O governo sul sudanês também concordou na libertação de 11
responsáveis próximos de Machar, detidos após o início dos confrontos em 15 de
dezembro, apesar de não ter sido anunciada uma data específica. Segundo a
agência AFP, o estatuto dos detidos constituiu o ponto mais problemático das
conversações.
"Estes dois acordos contêm os ingredientes para permitir que a
paz total regresse ao meu país", disse Taban Deng, o chefe da delegação
rebelde, que também exortou a um "diálogo político nacional sério
destinado a garantir uma paz duradoura no Sudão do Sul", a mais jovem
nação do mundo.
O negociador governamental, Nhial Deng Nhial, reconheceu que as
conversações "não foram fáceis".
"Esperamos ser capazes de garantir um acordo que termine com o
banho de sangue", sustentou.
Nhial Deng Nhial apelou ainda ao grupo rebelde para "escutar a voz
da razão e abandonar a aspiração de poder político através da violência".
O Sudão do Sul, que resultou da partilha do Sudão e declarou a
independência em 9 de julho de 2011, está em guerra desde meados de dezembro,
um conflito que terá provocado cerca de meio milhão de deslocados e refugiados,
e diversas atrocidades cometidas pelas duas partes.AQUI