O documento, a que a agência Lusa teve hoje acesso, dá conta dos
resultados da reunião do Conselho de Ministros da CEDEAO, que decorreu em
Abidjan, Costa do Marfim, que elegeu mais sete comissários para o
"governo" da organização oeste-africana, permitindo que os 15 Estados
membros tenham aí representação.
Atual secretário executivo do Secretariado Nacional de Luta contra
a SIDA na Guiné-Bissau, "Huco" Monteiro, natural de Bissau, onde nasceu
a 19 de fevereiro de 1959, foi nomeado comissário para os Recursos Humanos.
Poeta - tem vários poemas dispersos por várias antologias
guineenses, entre elas a "Kebur" (1996) -, "Huco" Monteiro
é formado em Estudos Sociais pela Universidade de Dijon (França), tendo feito a
pós graduação em Paris.
O futuro comissário da CEDEAO foi várias vezes ministro na
Guiné-Bissau e desempenhou e vice-reitor da Universidade Colinas do Boé
(Bissau).
Barreto da Rosa, por seu lado, foi nomeado comissário para a área
das Telecomunicações e Tecnologias de Informação e Comunicação da CEDEAO,
função que, tal como "Huco" Monteiro e demais membros da nova
Comissão, assumirá em meados de fevereiro.
Licenciado em Informática, pela Faculdade de Ciências da
Universidade de Lisboa, e mestre em Desenvolvimento da Gestão pela Escola de
Gestão Euro-Árabe de Granada (Espanha), Barreto da Rosa é também mestre (DEA) e
doutor em Educação e Desenvolvimento Humano, pela Universidade de Santiago de
Compostela.
Atualmente, é professor auxiliar e investigador na Universidade
Jean Piaget de Cabo Verde, acumulando com as funções de diretor do Laboratório
de Educação Digital e da Unidade de Ciência e Tecnologia.
O alargamento de sete para 15 dos membros da Comissão da CEDEAO
foi decidido na 43.ª reunião ordinária de julho de 2013.
A Comissão da CEDEAO é presidida por Kadré Desiré Ouedraogo
(Burkina Faso, secundado pelo vice-presidente Toga Macintosh (Libéria) e passa
agora a contar com 13 comissários, incluindo Cabo Verde e a Guiné-Bissau.
A Serra Leoa ficou com a pasta das Finanças, o Mali com a da
Política Macroeconómica e Investigação, o Níger com a do Comércio, Alfândegas e
Livre Circulação, o Togo com a da Agricultura, Ambiente e Recursos Hídricos, a
Gâmbia com a das Infraestruturas e a Nigéria com a dos Assuntos Políticos, Paz
e Segurança.
O Senegal ficou com a dos Assuntos Sociais e Género, a
Guiné-Conacri a da Energia e Minas, o Gana com a Administração Geral e Conferências,
o Benim a da Educação, Ciência e Cultura e a Costa do Marfim a da Indústria e
Promoção do Setor Privado