Bissau, 25 set (Lusa) - O Banco Mundial (BM) anunciou hoje a atribuição de um apoio de 600 mil euros à Guiné-Bissau para prevenir a propagação do vírus Ébola, anunciou a instituição em comunicado.
"Apesar de a Guiné-Bissau não ter registado nenhum caso de Ébola, o apoio responde aos pedidos do Governo para financiar atividades do Ministério da Saúde", nomeadamente nas áreas da informação pública e medidas sanitárias, referiu Philippe Auffret, encarregado do projeto.
As ações estão enquadradas no Programa de Urgência Sanitária anunciado a 12 de agosto pelo Governo guineense em colaboração com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
"A Guiné-Bissau é um país frágil que está em processo de reconstrução após eleições. Neste contexto, uma epidemia de Ébola representaria uma grave crise para um sistema de saúde débil e uma economia ainda em vias de recuperar", acrescentou Vera Songwe, diretora de operações para a Guiné-Bissau no escritório do BM em Dacar (Senegal).
A Guiné-Bissau continua livre do surto de Ébola, que desde o início do ano afeta a África Ocidental, mas o vírus já foi detetado nos países com que faz fronteira.
Na Guiné-Conacri, de acordo com dados de segunda-feira da Organização Mundial de Saúde (OMS), o vírus já matou, pelo menos, 465 pessoas, havendo mais óbitos que se suspeita deverem-se ao Ébola.
Desde meados de agosto que a Guiné-Bissau fechou as fronteiras com aquele país.
No Senegal, já foi registado um caso: um doente oriundo da Guiné-Conacri que entretanto já recuperou sem que tenham sido detetados novos focos de infeção.