Fonte: odemocratagb.com
O Presidente da República, José Mário Vaz pediu a definição de estratégias claras para o futuro do país, porque conforme disse um país sem estratégia é como um barco sem rumo. O Chefe de Estado falava hoje durante uma sessão especial de comemoração de 24 de Setembro, dia da independência, no Parlamento guineense.
A sessão especial sobre a comemoração de 24 de setembro, que marca os 41° anos da independência da Guiné-Bissau, foi testemunhada por várias personalidades do país, corpos diplomáticos, representantes de organizações internacionais e chefias militares.
O ato foi marcado por uma parada do corpo do exército guineense no pátio da Assembleia Nacional Popular bem como da animação musical por um grupo de cantores nacionais.
Durante alocução, José Mário Vaz afirmou que o dia de hoje não é para olhar para o passado, mas sim de projetar o futuro coletivo. Sustentou neste particular que enquanto o primeiro magistrado do país, entende que os guineenses devem esquecer tudo quanto lhes possa “dividir ou provocar mais fratura”.
Assegurou ainda que devem virar a página e esquecer o passado mais sombrio e não só, mas também cerrar fileiras e abrir novos caminhos que os permitam recuperar o tempo perdido e encurtar a distância que os separa dos seus parceiros.
“Basta de sucessivas alterações da ordem constitucional seguidas de períodos de transição política”, lançou o Chefe de Estado, acrescentando que o país já não tem condições e nem pode dar-se ao luxo de voltar a embarcar em aventuras semelhantes.
Cipriano Cassama, presidente da Assembleia Nacional Popular, afirmou na sua intervenção que “nós somos os herdeiros de uma história de séculos de dor e de esperança, de duras lutas de resistência contra a dominação colonial, enfim herdeiros diretos de uma vitoriosa luta de libertação nacionalʺ.
O líder do Parlamento disse que a proclamação do Estado independente da Guiné-Bissau, pela Assembleia Nacional Popular e não por um qualquer outro órgão político, foi uma configuração de unidade nacional que vale a pena registar. Avançou que o ato traduziu uma aposta forte num futuro também de unidade nacional que ultrapassa a unidade partidária que, aliás, nela se enquadra, e dela se alimenta.
“Não nos é permitido esquecer que a nossa unidade nacional já esteve em perigo. A coesão nacional já foi seriamente abalada por mais de uma vez. Basta referir o ´caso 17 de Outubro de 1985’ e, sobretudo, a guerra civil de 1998/1999 para disso nos recordarmos imediata e claramente”, espelhou.
Durante a cerimónia que durou pouco mais de duas horas intervieram os representantes dos partidos políticos com assento do parlamento, designadamente Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC); Partido da renovação Social (PRS); União para a Mudança; Partido de Convergência Democrata (PCD) e Partido da Nova Democracia (PND).
Por: Aissatu Só / Aguinaldo Ampa
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