quinta-feira, 18 de setembro de 2014

JULIUS MALEMA ENFRENTA NOVA EXPULSÃO DE SESSÃO PARLAMENTAR NA ÁFRICA DO SUL

Pela segunda vez em menos de um mês, Julius Malema, membro da bancada do Partido dos Combatentes da Liberdade Económica (EFP, oposição), foi obrigado esta quarta-feira a abandonar a sala da Assembleia Nacional (Parlamento), depois de acusar o vice-Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, de ter "assassinado" 34 mineiros.
 
Malema fazia alusão às mortes perpetradas pela polícia sul-africana em 2012 depois da greve dos mineiros de Lonmin, na Marikana.
 
Rampahosa, que é amplamente apontado como potencial sucessor de Jacob Zuma no cargo de Presidente da República da África do Sul, era na altura diretor não-executivo da mina.
 
"Porque é que o vice-Presidente não aceita assumir a responsabilidade pela morte dos 34 mineiros em Marikana? O senhor matou-os, porque é uma pessoa atraída apenas pelo interesse", declarou Malema a respeito de Ramaphosa. O presidente da Assembleia Nacional, Baleka Mbete, instou Malema a retirar as suas declarações, o que este último recusou. 
 
Foi-lhe assim ordenado que deixasse a sala na companhia do líder da sua bancada parlamentar, Floyd Shivambu, que apontou o seu dedo acusador a Ramaphosa enquanto este via passivamente os dois homens deixarem a sala.
 
Na noite de terça-feira, a oposição oficial, a Aliança Democrática, dirigiu um boicote da Assembleia Nacional feito pelos partidos da oposição, que apoiaram uma moção de censura contra o presidente da Assembleia.
 
Esta situação segue-se à proposta do líder da bancada parlamentar do partido no poder (ANC), Stone Sizani, para transformar a moção de censura proposta pela AD num voto de confiança a favor do presidente da Assembleia Nacional, algo que o chefe do Parlamento aceitou finalmente como uma emenda válida.
 
"Acreditamos firmemente e com uma grande convicção em que as populações sul-africanas perderam a confiança no presidente da Assembleia Nacional, e o facto de privar o Parlamento do voto da moção de censura testemunha uma violação das práticas democráticas da parte do ANC", sublinhou o presidente do grupo parlamentar da Aliança Democrática, Mmusi Maimane. Fonte: Aqui