“Efeito virar de página”, é como o Ministro dos Negócios Estrangeiros português, Rui Machete, decretou para a nova era na Guiné-Bissau. Miguel Torga, Diário XIII, caracterizou a política dizendo que ela teve e terá sempre uma “máscara cativante” para afivelar nas tribunas cívicas e um “baralho viciado” para jogar nos corredores do senado. Há uma fronteira nítida entre o empenho pelo proveito, lucro, vantagem e a dádiva pelo amor à pátria. São estas milhas que me afastam dos tugas como Rui Machete em relação ao meu país, Guiné-Bissau. Se ele tem interesse, eu sofro de amor ao meu país e ao meu povo. A ambição que move Rui Machete não olha a meios, pois todos lhe parecem legítimos - até lançar-nos o Ébola - desde que isso dê a ele e ao seu país vantagens económicas e políticas.
Como já referimos em textos anteriores, a dupla eleita para dirigir o nosso país, está agora empenhada em angariar aliado na lusofonia, para desestabilizar o nosso país. Pelo menos, até à data, não refutaram as repetidas declarações proferidas pela “varra do mando”, Portugal e Angola. Rui Machete, na sua intervenção na 69.ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, que decorre em Nova Iorque, saudou a reposição da ordem constitucional, a realização de eleições livres e a tomada de posse de instituições democráticas legítimas, dois anos após o golpe de Estado de 2012, depois sugeriu que "seria adequada" uma força de estabilização baseada na ECOMIB (missão militar internacional da sub-região na Guiné-Bissau), possivelmente “alargada a novos parceiros africanos” e “mandatada” pelas Nações Unidas. A forjar, portanto, cozinhados de “feudos fortificados” no nosso país, idênticos aos garimpos de pedras preciosas nas lundas, controlados pelos generais em Angola. Só vos pedimos que não demorem nos vossos planos, pois, estamos à vossa espera! Bandidos!