quarta-feira, 26 de novembro de 2014

ONU: DOMINGOS SIMÕES PEREIRA, DESEJA QUE GUINÉ-BISSAU CONTINUE NA AGENDA DAS NAÇÕES UNIDAS COM UM ACOMPANHAMENTO CONTÍNUO.

O moço está ao serviço dos gangues da CPLP.

Fonte: IBD

A propósito do pedido feito por uma comissão liderada pelo primeiro-ministro Domingos Simões Pereira para uma força de estabilização estacionária no país aquando da reunião com representante da ONU em Nova Iorque.
 
A ser verdade, nós Guineenses Republicanos, entendemos que a GB é um Pais independente após 11 anos de luta armada heroica, que ceifou as vidas de muitos Guineenses.
 
A propósito, ainda há feridas abertas por causa desta Injusta luta contra o regime imperialista português. Nós sendo uma República, temos naturalmente as nossas Força a Armada – FARP – que tem que ser achada e respeitada como a instituição de Estado, qualquer opinião, de qualquer Político sobre vinda de Tropas estrangeiras, tem que ter em conta a FARP por questão de respeito interinstitucional. O objectivo primordial das FARP é de garantir a integridade territorial do Pais e lutar contra qualquer tipo de invasão por forças estrangeiras.
 
Dito isso, o Pais neste momento não está em Guerra; pelo contrário, saiu de umas eleições reconhecidas pela dita CI (CPLP, EU,UA, etc..), com um governo, um PR, um parlamento em funcionamento sem ameaça de Conflito Armado. E mais, existe ainda uma Forca de Estabilização da CEDAO, um representante Especial da ONU que acabou de confirmar na ONU que o País está estável. Como Republicamos perguntamos:
 
1. Senhor Primeiro Ministro, precisa de explicar aos guineenses qual é o objectivo principal (n.1) desta presumível ou eventual envio desta forca de estabilização no país?
 
2. Não estando o País em situação da Guerra, entendemos que uma força estrangeira num Pais sem conflito armado representa uma ameaça e ofensa grave ao povo e à integridade territorial, pondo em causa as responsabilidades das FARP para com o País. Como explica isso? Não acha que esta situação constituirá uma nova fonte instabilidade político-militar a semelha do que aconteceu no dia 12/04/2012?
 
Sr. PM, deixa-nos só relembrar-lhe em breve para situar a sua posição: o Sr., aquando do golpe de 2012, estava do outro lado da barricada como Secretario executivo da CPLP embora cidadão guineense. O Sr. apoiou inequivocamente, nessa altura a possível invasão do Pais pelas tropas Estrangeiras, que felizmente não aconteceu e mais, declarou juntamente com Portugal e Angola a tal badalada “Tolerância Zero” imposta ao País pelo Paulo Portas que chegou ao ponto de invadir com a Frota portuguesa as Águas Territoriais da GB. País onde o Sr. é hoje o PM.
 
Se o Sr. tivesse realmente um alto sentido de responsabilidade moral e politico-ideológico dessa sua posição, não teria nem candidatado a nenhum cargo publico, muito menos ao cargo que exerce hoje. Não acha o Sr. PM?
 
Se o País tivesse uma Oposição Democrática construtiva ao serviço do povo, talvez o seu governo não teria pés para andar mesmo depois dessa “Coligação” com o segundo partido mais votado nas últimas eleições.
 
O Sr. já se perguntou como foi possível um Partido com maioria absoluta para governar, fosse precisar do segundo Partido mais voltado para formar Governo, quando este último deveria fazer uma Oposição Democrática?
 
Sr. PM, isto só acontece com o Líder que tem medo da Oposição, fica a saber que esta situação tem um nome: O medo da oposição é matar a Democracia e promover o conformismo; deixar tudo na mesma.
 
O Sr. tem um imperioso dever de falar sempre com o Povo, sobre as suas decisões de Governação, é um insulto comunicar com o Povo de fora para dentro, como foi o caso, enviando recado a partir de Nova Iorque. Se o Sr. não explicar explicitamente a sua intensão ao Povo, então o Povo vir-se-á forçado a exigir o direito a resposta.
 
Nós como Republicanos entendemos, relativamente a esta matéria sobre uma força de Estabilização, é totalmente incoerente e inconsequente de acordo a situação actual dos pais. Se não vejamos:
 
União Europeia é uma Organização não militarizada e pertence a uma região geopoliticamente fora do contexto africano; então não tem sentido estarmos a falar disso.
 
CPLP é uma comunidade dos Países de língua Portuguesa, também não é militarizada e portanto não conta com envio de tropas;
 
UA essa sim, mas em caso de um conflito armado (não atuou em Moçambique não se sabe porque, GB não seria um caso a parte), não teria argumentos para o envio de um contingente militara para GB
 
CEDAO, essa sim tem o dever de ajudar um país da mesma Organização em caso de conflito armado (o que não se justifica neste momento); visto bem as coisas, esta também já deveria estar a fazer as malas para deixar o país.
 
Como vê Sr. PM, os Guineenses estão conscientes do que é preciso neste momento, não há praticamente motivos para invocar a vinda de uma força de estabilização.
 
O Sr. de certeza deve ter os seus motivos… mas para isso é preciso ser direto e aberto para com o Povo. Nós sabemos que anda por aí uma Campanha de preparação do regresso forçado dos antigos Governantes do seu partido exilado em Portugal que por acaso sempre lutaram e defenderam esta sua ideia de uma força de estabilização que incluísse CPLP, UE, UA reforçando o contingente da CEDAO já existente.
 
Fique sabendo que nós quando votamos, votamos para uma GB livre. Por isso nunca aceitaremos invasão, porque da invasão por Parte dos Portugueses é que erguemos este País, sabemos os custos disso após 11 anos de Gerra, derramando sangue dos nossos melhores filhos para a independência total do território da GB.
 
O Se Sr. aceitar embarcar nessa Aventura sozinho, também conscientemente terá que arcar com todas as responsabilidades que possam advir dessa sua decisão.
 
Os Republicanos