Fonte: IBD
A
propósito do pedido feito por uma comissão liderada pelo primeiro-ministro
Domingos Simões Pereira para uma força de estabilização estacionária no país
aquando da reunião com representante da ONU em Nova Iorque.
A
ser verdade, nós Guineenses Republicanos, entendemos que a GB é um Pais
independente após 11 anos de luta armada heroica, que ceifou as vidas de muitos
Guineenses.
A
propósito, ainda há feridas abertas por causa desta Injusta luta contra o
regime imperialista português. Nós sendo uma República, temos naturalmente as
nossas Força a Armada – FARP – que tem que ser achada e respeitada como a
instituição de Estado, qualquer opinião, de qualquer Político sobre vinda de
Tropas estrangeiras, tem que ter em conta a FARP por questão de respeito
interinstitucional. O objectivo primordial das FARP é de garantir a integridade
territorial do Pais e lutar contra qualquer tipo de invasão por forças
estrangeiras.
Dito
isso, o Pais neste momento não está em Guerra; pelo contrário, saiu de umas
eleições reconhecidas pela dita CI (CPLP, EU,UA, etc..), com um governo, um PR,
um parlamento em funcionamento sem ameaça de Conflito Armado. E mais, existe
ainda uma Forca de Estabilização da CEDAO, um representante Especial da ONU que
acabou de confirmar na ONU que o País está estável. Como Republicamos
perguntamos:
1.
Senhor Primeiro Ministro, precisa de explicar aos guineenses qual é o objectivo
principal (n.1) desta presumível ou eventual envio desta forca de estabilização
no país?
2.
Não estando o País em situação da Guerra, entendemos que uma força estrangeira
num Pais sem conflito armado representa uma ameaça e ofensa grave ao povo e à
integridade territorial, pondo em causa as responsabilidades das FARP para com
o País. Como explica isso? Não acha que esta situação constituirá uma nova
fonte instabilidade político-militar a semelha do que aconteceu no dia
12/04/2012?
Sr.
PM, deixa-nos só relembrar-lhe em breve para situar a sua posição: o Sr.,
aquando do golpe de 2012, estava do outro lado da barricada como Secretario
executivo da CPLP embora cidadão guineense. O Sr. apoiou inequivocamente, nessa
altura a possível invasão do Pais pelas tropas Estrangeiras, que felizmente não
aconteceu e mais, declarou juntamente com Portugal e Angola a tal badalada
“Tolerância Zero” imposta ao País pelo Paulo Portas que chegou ao ponto de
invadir com a Frota portuguesa as Águas Territoriais da GB. País onde o Sr. é
hoje o PM.
Se o
Sr. tivesse realmente um alto sentido de responsabilidade moral e politico-ideológico
dessa sua posição, não teria nem candidatado a nenhum cargo publico, muito
menos ao cargo que exerce hoje. Não acha o Sr. PM?
Se o
País tivesse uma Oposição Democrática construtiva ao serviço do povo, talvez o
seu governo não teria pés para andar mesmo depois dessa “Coligação” com o
segundo partido mais votado nas últimas eleições.
O
Sr. já se perguntou como foi possível um Partido com maioria absoluta para
governar, fosse precisar do segundo Partido mais voltado para formar Governo,
quando este último deveria fazer uma Oposição Democrática?
Sr.
PM, isto só acontece com o Líder que tem medo da Oposição, fica a saber que
esta situação tem um nome: O medo da oposição é matar a Democracia e promover o
conformismo; deixar tudo na mesma.
O Sr.
tem um imperioso dever de falar sempre com o Povo, sobre as suas decisões de
Governação, é um insulto comunicar com o Povo de fora para dentro, como foi o
caso, enviando recado a partir de Nova Iorque. Se o Sr. não explicar
explicitamente a sua intensão ao Povo, então o Povo vir-se-á forçado a exigir o
direito a resposta.
Nós
como Republicanos entendemos, relativamente a esta matéria sobre uma força de
Estabilização, é totalmente incoerente e inconsequente de acordo a situação
actual dos pais. Se não vejamos:
União
Europeia é uma Organização não militarizada e pertence a uma região
geopoliticamente fora do contexto africano; então não tem sentido estarmos a
falar disso.
CPLP
é uma comunidade dos Países de língua Portuguesa, também não é militarizada e
portanto não conta com envio de tropas;
UA
essa sim, mas em caso de um conflito armado (não atuou em Moçambique não se
sabe porque, GB não seria um caso a parte), não teria argumentos para o envio
de um contingente militara para GB
CEDAO,
essa sim tem o dever de ajudar um país da mesma Organização em caso de conflito
armado (o que não se justifica neste momento); visto bem as coisas, esta também
já deveria estar a fazer as malas para deixar o país.
Como
vê Sr. PM, os Guineenses estão conscientes do que é preciso neste momento, não
há praticamente motivos para invocar a vinda de uma força de estabilização.
O
Sr. de certeza deve ter os seus motivos… mas para isso é preciso ser direto e
aberto para com o Povo. Nós sabemos que anda por aí uma Campanha de preparação
do regresso forçado dos antigos Governantes do seu partido exilado em Portugal
que por acaso sempre lutaram e defenderam esta sua ideia de uma força de
estabilização que incluísse CPLP, UE, UA reforçando o contingente da CEDAO já
existente.
Fique
sabendo que nós quando votamos, votamos para uma GB livre. Por isso nunca
aceitaremos invasão, porque da invasão por Parte dos Portugueses é que erguemos
este País, sabemos os custos disso após 11 anos de Gerra, derramando sangue dos
nossos melhores filhos para a independência total do território da GB.
O Se
Sr. aceitar embarcar nessa Aventura sozinho, também conscientemente terá que
arcar com todas as responsabilidades que possam advir dessa sua decisão.
Os
Republicanos
segue
… //Povo Libertador