Hoje(16 Nov), não vou falar dos guineenses que já
perderam a vida em Angola (imigrantes comuns), e outros desaparecidos (entre
eles jornalistas), mas concentrar-me-ei no presente e no futuro. Quanto ao
futuro, até poderia ser diferente, mas, o presente é deveras preocupante.
E
falando do presente, hoje recebi esta mensagem triste de um concidadão
residente em Luanda (Angola) e não podia deixar de partilhar convosco, cito:
“…há muitos cidadãos guineenses (em Angola) que estão presos, estes não são
libertados e nem repatriados, até parece que não há nenhum representante
diplomático que pode resolver esta situação…”
Na
minha opinião, as autoridades da Guiné-Bissau devem proceder de imediato para
ajudar a colmatar a precariedade, os abusos, as torturas, as prisões, os roubos
e todas outras formas de violações dos direitos dos nossos concidadãos em
Angola.
Reconheço o facto de muitos deles estarem a
viver numa situação de ilegalidade, mas ser ilegal em termos de imigração não
justifica as mortes, as prisões, as pilhagens e tantos outros relatos que
diariamente nos chegam de Luanda.
Perante a ineficiência da nossa representação diplomática
naquele país lusófono, desafio o Secretário de Estado das Comunidades,
Idelfrides Gomes Fernandes, para se deslocar a Luanda (como fez recentemente a
Portugal) para se inteirar da situação da nossa representação diplomática, tal
como da situação dos nossos imigrantes.
Ao
fazê-lo, estaria o Sr. Secretário de Estado a prestar um nobre serviço público
e humanitário não só em prol das nossas comunidades na diáspora, mas, também,
em benefício da Nação guineense e em defesa dos nossos superiores interesses.
Chegou
a hora de partilharmos a dor e o sofrimento deles, mas, também, ajudar-lhes
sobretudo a encontrar melhores soluções para as suas situações que, directa ou
indirectamente, não são alheias à Guiné-Bissau.
Para
as autoridades da Guiné-Bissau diria o seguinte: A LIDERANÇA, UMA BOA
LIDERANÇA, É SABER TOMAR MEDIDAS IMPORTANTES E DECISIVAS EM MOMENTOS DIFÍCEIS.
E assim exige a situação dos nossos imigrantes em Angola.
E para
as autoridades de Angola diria o seguinte: se a lusofonia e os laços históricos
e de irmandade não bastassem, peço então que cumpram com as suas obrigações,
tratando como seres humanos os imigrantes que se encontrem em Angola como
gostariam que os seus filhos fossem tratados noutros países, tendo em conta as
relações políticas, económicas e comerciais entre os dois países.
Bem
hajam
Sempre disse aqui que angola é (des)governada pelos gangsters e esses gangsters são conselheiros dos atuais governantes da Guiné-Bissau, excepto alguns ministros e secretários de estado. Não se compreende o silêncio das autoridades legitimas, isto demonstra que são marionetas desses bandidos.