Tradução: Bambaram di padida
Numa carta endereçada à Macky Sall, a que Jeune Afrique teve acesso exclusivo, revela o conteúdo, Abdoulaye Wade recusou o convite de seu sucessor para assistir a Cimeira da Francofonia que se realiza em Dakar, no final deste mês(23 Nov).
De regresso à Dakar na sexta-feira, Wade não tem a intenção de enterrar o machado de guerra. No dia 11 de novembro, o ex-presidente recebeu um convite de Macky Sall para assistir a cerimónia de abertura da XV cimeira da Francofonia. Quatro dias depois, escreveu ao seu sucessor recusando o convite.
"Como é que você quer que eu esteja ao seu lado num momento em que o meu filho Karim se encontra preso há cerca de dois anos por sua causa?", Questionou o ex-chefe de Estado na introdução. "Como segurar um evento como esse, recusando há dois anos, a liberdade condicional de 27 cidadãos [...] simplesmente porque eram colaboradores do presidente, tornando o Senegal sob a sua presidência, uma enorme prisão dos seus adversários políticos ".
Há 48 horas da manifestação
organizada pelo partido democrático senegalês(PDS), 21 de Novembro em Dakar,
que Maky Sall queria interditar devido a iminência da cimeira da Francofonia,
mas depois foi autorizada pelo perfeito de Dakar, Abdoulaye Wade, fiel ao seu
longo percurso de opositor, atira uma flecha envenenada ao presidente, ao
concluir a sua missiva: O resto explicarei um dia.