quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

OLÁ AMIGO

Creio que o problema não se coloca apenas às disputas ou conflitos de terra entre aldeias da nossa terra. Diz respeito a todo o tipo de conflitos no nosso país. Conflitos pessoais, familiares, entre cidadãos, assassinatos políticos ou não, etc. etc, deveriam, também, conhecer o caminho dos tribunais. Por que é que não se levanta a voz da mesma maneira sobre os casos que conhecemos todos, de Nino Vieira, Tagme Na Waie, Helder Proença, Baciro Dabó, Roberto Cacheu, entre muitos outros que marcaram a história política recente na nossa terra? Os conflitos são mais graves no campo do que na cidade de Bissau? Não acredito! 

A Ministra da Justiça, no lançamento da primeira pedra para a construção de dois novos tribunais em Mansoa e Canchungo, afirmou: "Não podemos aceitar que o cidadão continue a fazer justiça pelas próprias mãos. Estamos a colocar tribunais à disposição da nossa população, por isso, incentivamos que sejam usados quando há conflitos". Ai, parece que ela está agora no bom caminho. Duas perguntas se colocam: 1) será que queria prender o Doka Internacional por falta de tribunais? Ou 2) será que os tribunais são só para crimes de delito comum e prisão para adversários políticos e ideológicos?


Tal como Abel Djassi enfrentou com coragem e determinação os tugas(fascistas) e seus lacaios, assim a nossa geração deveria enfrentar, sem medo de nada, os "feiticeiros na morança", bandidos, corruptos, gente que responde à escrita de uma "caneta" ou "lápis" com perseguição política, prisão sem julgamento ou tiro de kalashnikov, como aconteceu no jornal Charlie Hebdo, em Paris!

Viva a Guiné-Bissau!